Folha de S.Paulo

Aluno adere a associação de RH para ter mais chance de emprego

DE SÃO PAULO

Guilherme dos Santos, 21, estuda engenharia da computação, mas neste ano associou-se à ABRH (Associação Nacional de Recursos Humanos), que tem administradores e psicólogos como a maioria de seus membros.

Ele faz parte de um grupo de universitários que não têm exatamente a intenção de seguir carreira em RH, mas recorrem à instituição, entre outras razões, para conhecer profissionais que, eventualmente, podem selecioná-lo.

"Eles pensam no primeiro emprego", afirma Edna Bedani, 47, vice-presidente de aprendizagem e conhecimento da entidade. "Tem gente que entra porque quer saber quem é o responsável pelo RH das grandes empresas. Mas até para nós, que somos experientes, existe essa vontade: queremos fazer networking' e nos relacionar. A vida é dar e receber o tempo todo."

Ela acrescenta que se filiar à entidade é também uma maneira de ter acesso a conhecimentos de um setor com o qual os estudantes de outras áreas não estão familiarizados.

Já aderiram à instituição alunos de cursos como matemática, direito, filosofia, engenharia e ciências da computação.

"Estou ajustando a minha formação para [concorrer a uma vaga em] um programa de trainee", conta Santos.

Como associado, ele pode participar de grupos de estudo e frequentar palestras e eventos que a entidade promove. O estudante faz parte de um grupo de discussão sobre "coaching", onde diz ter contato com gerentes de grandes empresas.

Já a estudante de publicidade Rafaela Abbud Purchio, 21, diz que decidiu participar da associação para obter mais conhecimento.

Ela pretende trabalhar com marketing dentro de empresas e, por isso, precisa "conhecer como funciona tudo, desde a produção até o financeiro".

A ABRH tem o plano de diminuir a idade média de seus associados e diversificar a origem deles. Para atrair pessoas mais jovens, não cobra anuidade (cerca de R$ 240) de estudantes com menos de 25 anos.