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Funcionário é mais perigoso que hacker para as empresas

Técnico de TI de agência dos EUA copiou e vazou dados sobre programa de espionagem

DE SÃO PAULO

Preocupar-se apenas com hackers que possam acessar a rede interna da organização e furtar dados estratégicos é coisa do passado, afirma Ítalo Cosentino, especialista em segurança da empresa de tecnologia Unisys.

Quando se trata de proteção de dados, hoje, o ponto mais vulnerável de uma empresa é o interno, ele afirma.

O caso mais recente é o de Edward Snowden, 30, que revelou que o governo dos EUA mantinha um programa de espionagem, que incluía grampos em telefones e vigilância pela web.

Snowden era um técnico de informação da Agência Nacional de Segurança dos EUA. Ele afirmou ao jornal "Guardian" que, mesmo sem ser um diretor, tinha acesso a dados da organização.

Segundo Cosentino, não há um sistema 100% seguro para proteger dados de uma empresa caso ela empregue alguém talentoso o suficiente para acessá-los.

Alexandre Freire, 37, professor do núcleo de computação eletrônica da UFRJ, explica que é possível sofisticar o sistema para dificultar o acesso -por exemplo, combinar logins e senhas de acesso com autorizações biométricas (ou seja, pelas impressões digitais ou pela íris do usuário).

Ele nota que as empresas têm ficado mais preocupadas com roubo de dados por profissionais de TI e que algumas delas colocam cláusulas de confidencialidade no contrato dos funcionários.

Não são só os dados da empresa que são vulneráveis: o que os empregados fazem nos computadores também pode ser visualizado.

Um sistema de segurança de dados, explica Cosentino, tem diferentes graus de "privilégios" de sigilo, de acordo com a hierarquia do funcionário monitorado.

No caso de um usuário comum, a companhia pode rastrear tudo o que ele faz na máquina. "Desde os sites em que ele entrou até o que digitou no navegador", especifica.


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