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Cliente
DO EDITOR-ADJUNTO DE "CARREIRAS"Uma empresa de São Paulo propõe um modo mais tecnológico de usar os serviços de um cliente oculto -- aquele que se passa por consumidor normal, mas na verdade está avaliando o serviço de um estabelecimento.
A Pinion criou um aplicativo para smartphones que permite que as pessoas cumpram missões como verificar se os preços praticados ou a publicidade de um produto em um restaurante estão de acordo com o combinado com o fornecedor.
Em outro caso, o objetivo era verificar, a pedido de um fabricante, se o estabelecimento olhava o RG de quem pedia bebida alcoólica.
Para isso, em geral, os usuários devem postar fotos do local --sistemas de GPS indicam se ele estava mesmo lá ao fazer a imagem.
O aplicativo, que já funcionava no iPhone e na semana passada ganhou uma versão para Android, também permite fazer pesquisas sobre hábitos de consumo.
O sócio-fundador Eduardo Grinberg, 40, conta que a empresa fez uma pesquisa para uma companhia farmacêutica em que os usuários tinham de fotografar como armazenavam remédios.
As pessoas recebem uma remuneração por participar dessas pesquisas, em valores que vão de R$ 0,25 para respostas simples a questionários e R$ 70, no caso de ele assumir o papel de consumidor misterioso.
A Pinion, que hoje tem 15 clientes, recebeu R$ 1,2 milhão de investidores individuais. Uma nova rodada de aportes está no radar.
"Não vamos alcançar o break even' [ponto em que receitas e custos se equilibram] antes de o caixa acabar", afirma Grinberg.
VISÃO DO ESPECIALISTA
Marcelo Nakagawa
Professor de empreendedorismo do Insper
Resolve uma aflição
As empresas hoje estão confusas com a reação dos consumidores a produtos ou serviços. Esse tipo de serviço pode fazer com que elas tenham respostas rápidas
Só dado não basta
A Pinion não pode se contentar em coletar e transmitir informações. Para não sofrer com concorrência, precisar também dar sugestões aos clientes
