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Dinheiro suado

Com dificuldade para reter adeptos da ginástica, academias diversificam fontes de receita

(BÁRBARA LIBÓRIO) FILIPE OLIVEIRA DE SÃO PAULO

As academias de ginástica estão diversificando suas fontes de receita em um mercado em que é difícil atrair novos clientes e fazê-los manter a rotina de exercícios --e o pagamento das mensalidades.

Entre as estratégias estão a venda de aulas avulsas, a transformação desses espaços em bufê ou a consultoria a condomínios.

De acordo com Henrique Sartorelli, coordenador de marketing da consultoria de gestão em academias Acade, o movimento é natural. "Cerca de 95% da população brasileira não faz exercício ou não vai à academia. É preciso buscar novos clientes."

Segundo dados da consultoria, essas empresas convertem de 30% a 40% das visitas que recebem em vendas. E elas conseguem manter os clientes por apenas quatro meses por ano, em média.

A rede de academias Runner está apostando na consultoria para empreendimentos imobiliários. A empresa dá suporte na elaboração do projeto e na escolha dos equipamentos. Também permite que as construtoras usem a marca da companhia na comercialização dos apartamentos. O serviço custa cerca de R$ 100 mil.

"Temos a receita rápida, pela elaboração do projeto e a possibilidade de faturar no longo prazo, caso o condomínio opte por manter um professor dentro do prédio", explica o presidente-executivo Dilson Mendes, 27.

No caso da academia Competition, a aposta é nas crianças. A rede inaugurou no mês passado, em uma unidade em São Paulo, uma área com videogames e quadra poliesportiva para o público entre 3 e 15 anos. E também aluga espaço para festas infantis.

"Nos últimos três anos, esse público aumentou 25%", afirma Flávia Brunoro, 42, diretora operacional da empresa. Segundo ela, esse movimento aumentou o faturamento da rede em 10%.

SÓ POR HOJE

Outras redes estão partindo para estratégias de marketing virtual. É o caso da Curves, que se prepara para vender aulas em sites de compra coletiva.

"É uma forma de gastar menos com publicidade. Você disponibiliza um serviço em troca da exposição da marca", afirma François Engelmajer, 46, franqueado master da empresa. Segundo ele, com uma ação do tipo, a rede economiza cerca de R$ 400 mil em publicidade.

Mas há desvantagens. "As pessoas estão vendo mais sua marca, mas a oferta coletiva pode legitimar o fato de que você esta com dificuldades nas vendas",diz Sartorelli.

Para Marcos Tadeu, diretor da Fitness Management School, a tática pode gerar desconforto entre os clientes. "Se alguém entra pagando menos, quem pagou o dobro não gosta. As pessoas vão querer o mesmo desconto, e pode virar um caos", diz.

Outra opção são os sites que permitem a venda de aulas ou diárias avulsas, como o Gympass, que tem 1.200 estabelecimentos cadastrados.

Caso venda uma diária pelo sistema, o estabelecimento fica com parte do valor. "Geralmente dividimos em 50%, mas isso varia com o tempo", afirma o cofundador Cesar Carvalho, 29.

O preço cobrado pelas diárias é combinado em conjunto e varia entre um oitavo e um décimo da mensalidade.

Apesar de gerar novos clientes, esse tipo de serviço pode impactar os custos do estabelecimento. "O preço da diária ou da aula avulsa precisa levar em consideração a água, a luz, os funcionários etc", diz o consultor.


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