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O texto abaixo contém um Erramos, clique aqui para conferir a correção na versão eletrônica da Folha de S.Paulo.

Empresas de serviços 'na nuvem' usam ONGs para ganhar clientes

Assinatura gratuita permite calibrar serviço e fazer propaganda

DE SÃO PAULO

A estratégia do traficante que dá a droga de graça para viciar o usuário e, mais tarde, cobrar dele, tem um paralelo no mundo da tecnologia. Empresas que oferecem sistemas de gestão na nuvem (nos quais o software pode ser acessado via internet) oferecem assinaturas gratuitas a ONGs e outras entidades sem fins lucrativos para conquistar mais mercado.

A Runrun.it, que vende softwares de gestão de equipe, começou a liberar o serviço deles gratuitamente a ONGs e empresas juniores.

O sócio Antonio Carlos Soares, 39, afirma que o produto deles tem "uma característica viral importante: se uma pessoa começa a usar, comenta com a sua rede de relacionamentos".

Além de ampliar o mercado, outra vantagem é poder "calibrar" o próprio software. "As pessoas mostram para a gente como resolvem problemas e quais extensões precisam", diz Soares.

Uma das organizações que passaram a usar o software é o EPL (Estudantes Pela Paz), um grupo que tem como foco "ajudar estudantes que têm ideias libertárias a organizarem seus grupos nas faculdades", explica o presidente Juliano Torres, 25.

Ele afirma que pretende usar a ferramenta para gerenciar eventos, como conferências nacionais. O EPL usa serviços de outras empresas de tecnologia que têm a mesma política de não cobrar de ONGs, como o Google (que fornece contas de e-mails com a extensão final epl.org.br), e a Salesforce, que deixa a organização usar softwares para realizar o cadastro de membros.

Torres diz que os integrantes do EPL são estudantes que, quando entrarem no mercado, "vão defender o uso dessas plataformas".

A Apae, que atua no apoio a pessoas com deficiência intelectual, também tem recorrido a serviços de empresas de tecnologia que buscam parcerias com ONGs.

Isa Degaspari, gerente de desenvolvimento institucional, diz que as arrecadações obtidas pela organização vão para o apoio aos deficientes. "Não é justo usar esse dinheiro para implementar uma ferramenta de gestão."

Entre os softwares que a Apae usa está o da Avanxo. O presidente no Brasil, Carlos Morais, 38, diz que, para o negócio, há uma vantagem: sinalizar que apoiar ONGs é uma causa na qual a empresa acredita. Ele diz que essa política é uma tendência ganhando força no setor.


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