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Carreiras e Empregos

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Mesmo com desemprego baixo, idosos dizem que vaga é difícil

Desempregados com mais de 60 reclamam de preconceito

(FELIPE GUTIERREZ) DE SÃO PAULO

Os números da nova pesquisa do IBGE, a Pnad contínua, mostram que a taxa de desemprego para quem tem mais de 60 anos é de 1,8%. É a taxa mais baixa entre todas as faixas etárias.

Mas, mesmo assim, profissionais mais velhos relatam encontrar dificuldades ao buscar uma colocação.

"Trabalhadores com mais de 60 estão em momento mais favorável do que há dez anos. Mas as estatísticas têm os contraexemplos que fazem barulho", diz Rodrigo Sion Adissi, sócio da MSA Recursos Humanos.

Um deles é o economista Edson Covic, 61. Ele se desligou em junho de 2011 da empresa na qual trabalhava. Ao sair, ganhou uma consultoria para tentar se recolocar.

"Os especialistas disseram que para os executivos mais velhos é mais difícil achar uma vaga, pois as empresas dão preferências aos mais jovens que tenham ideias novas e saibam usar tecnologias novas", ele relata.

Segundo Covic, os consultores disseram que, como ele tem menos familiaridade para navegar na web, o recurso mais eficaz para achar vaga é buscar contatos na rede de conhecidos.

Hoje, Covic tem uma empresa que monta stands para feiras de negócios.

"Quanto mais alto se foi na carreira, mais difícil é a recolocação", afirma. Adissi discorda da colocação. Para o consultor, há uma demanda por profissionais com mais experiência, principalmente em empresas de portes pequeno e médio.

"Tenho procurado vagas por meio de amigos e colegas e estou indo a agências de emprego", conta o motorista profissional Brasilino Calhares da Costa, 62.

Ele afirma que não passa nas entrevistas de seleção porque os empregadores perguntam quanto ele ganhava na última colocação, o que, segundo ele, é mais do que a média de mercado.

Apesar das frustrações na busca de uma nova vaga depois de oito meses de busca, ele ainda não desistiu: "Quero voltar a trabalhar pelo dinheiro e porque não gosto de ficar parado".


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