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O samurai e o executivo

Instituto cobra R$ 180 por curso de lutas com espadas que promete preparar profissionais para batalhas corporativas

RICARDO BUNDUKY DE SÃO PAULO

Especialista na cultura samurai, Jorge Kishikawa, 50, fundador do Instituto Niten, transformou seus conhecimentos sobre filosofia e técnicas de combate do Japão feudal em um negócio.

Embora não divulgue o faturamento, o Insituto Niten, fundado por ele, oferece um método de treinamento para executivos, o Kir Empresarial, a partir de R$ 180 por pessoa.

O curso inclui prática, com introdução ao kenjutsu (combate com objetos de bambu, em que há de fato confronto), reprodução de movimentos com espadas de aço e ensinamentos teóricos.

"Por que não colocar a espada no mundo empresarial?", questiona Kishikawa, idealizador do método. "O aluno assimila a espada como uma bússola para tomar decisões. Ele acorda com uma disposição diferente e elabora a estratégia para o dia que vai enfrentar."

Ao menos 70 empresas fizeram o treinamento desde 2001, entre farmacêuticas, montadoras de automóveis e companhias aéreas.

Eduardo Martins, 38, diretor de recursos humanos da Philips no Brasil, contratou o Kir Empresarial para 40 funcionários da empresa no ano passado, como forma de preparar a equipe para captar clientes em uma feira de eletrodomésticos.

A ideia era melhorar o desempenho dos profissionais durante o evento e fazer com que eles se preparassem para superar a concorrência.

"A filosofia samurai encara a vida como uma oportunidade única. Estar 100% presente no momento é o que faz a diferença. No mundo empresarial, todo dia você está em disputa, concorrendo com outras empresas", diz.

Martins começou a praticar o kenjutsu há dois anos. Ele diz que queria ter mais "autodomínio" e desenvolver a inteligência emocional.

Kishikawa conta que as empresas geralmente procuram o curso para motivar a equipe ou para aprimorar o atendimento aos clientes.

"A cultura japonesa é muito forte na prestação de serviços. Se você for ao Japão, vai se sentir um rei. Aqui no Brasil é praticamente tratado como um mendigo", afirma.

Paulistano e filho de japoneses, o mestre conviveu com descendentes de samurais no Japão. Em 2005, a Câmara de São Paulo instituiu a data do seu aniversário, 24 de abril, como o Dia do Samurai.

O especialista afirma que decidiu criar o curso para executivos porque seus alunos regulares diziam que a prática da luta tinha efeitos positivos na vida profissional.


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