Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Carreiras e Empregos

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Empresário promove cruzada contra a fofoca nas empresas

Americano diz que mexerico provoca prejuízos e defende sua extinção

ISABEL KOPSCHITZ DE SÃO PAULO

Na empresa de relações públicas Empower, de Chicago, um funcionário só é contratado se concordar com a política de veto à fofoca no ambiente do trabalho. A orientação faz parte da cruzada que o executivo Sam Chapman, presidente da companhia e autor do livro "Empresa Livre de Fofoca" (editora Faro Editorial), faz contra os cochichos maldosos.

Ele defende a extinção do que classifica como "apunhalada pelas costas". Para Chapman, o mexerico não é lucrativo. Leia trechos da entrevista com o executivo.

Folha - Por que o senhor decidiu escrever um livro sobre fofoca no ambiente corporativo?

Sam Chapman - Tive a experiência de lidar com a fofoca dentro da minha empresa. Já perdi clientes e funcionários. E decidi acabar com isso. É a maior reclamação dos funcionários. Aqui, ninguém pode criticar alguém que não esteja presente.

Como esse comportamento afeta o dia a dia do trabalho?

É um hábito que não é lucrativo. Pesquisas mostram que um funcionário gasta 65 horas por ano fazendo fofoca.

O senhor diz que, para banir a fofoca, é preciso estabelecer uma comunicação autêntica. Como isso funciona?

Isso se tornou parte da cultura da empresa. Quando os funcionários veem a fofoca acontecendo, avisam e conversam. Eu mesmo chamo a atenção até de clientes quando um deles fala mal de um funcionário meu. A maioria fica constrangida e pede desculpas. No mundo dos negócios, as pessoas valorizam o que realmente pensamos. Então por que mentir, dissimular? Estar do lado da verdade é estar na zona mais lucrativa.

Há quem defenda que a fofoca é parte da natureza humana e, portanto, natural.

Existem vários comportamentos negativos da natureza humana que não têm espaço no ambiente de trabalho. E a fofoca é um deles. Quando entrevisto alguém para a minha empresa, sempre abordo o tema. Só chamo quem está interessado em trabalhar, não em fofocar.

Você acha que outras organizações poderiam aproveitar seu método?

Acredito que líderes de empresas, escolas e governos deveriam procurar fazê-lo. O maior problema é que muitos dos líderes são os maiores fofoqueiros. E, se você tem um gestor fofoqueiro, a organização também será assim.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página