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Foco

Cientistas enviam 'peixonautas' ao espaço para estudar enjoo

RICARDO BONALUME NETO ENVIADO ESPECIAL A BREMEN (ALEMANHA)

Uma melhor compreensão do enjoo que pessoas sentem em navios e aviões veio de uma fonte inesperada: pequenos peixes que foram ao espaço e viveram a sensação de microgravidade.

Como estavam na água, eles obviamente não "flutuaram" como um astronauta em uma estação espacial. Mas alguns ficaram desorientados e nadaram de modo errático, o equivalente a pessoas com vertigens ou tonturas.

Os pesquisadores descobriram depois o motivo desses distúrbios de equilíbrio: sutis diferenças entre seus órgãos auditivos.

Vertebrados têm pequenas pedras feitas de carbonato de cálcio nos ouvidos --chamadas otólitos-- que servem como "órgãos da gravidade".

Os peixes com otólitos assimétricos, com forma e tamanhos diferentes, eram mais propensos a distúrbios de equilíbrio.

A pesquisa envolveu um conjunto verdadeiramente internacional de pesquisadores, institutos de pesquisa e mesmo de peixes.

Um foguete de sondagem, com um motor brasileiro, foi lançado por uma equipe alemã de um centro espacial na Suécia. A espécie de "peixe astronauta" era a tilápia de Moçambique.

Apesar de vários percalços em algumas áreas, como o lançamento de satélites, o programa espacial brasileiro é bem-sucedido no desenvolvimento de foguetes de sondagem. É o caso do lançador VSB-30, produzido e operado em parceria entre o IAE (Instituto de Aeronáutica e Espaço), da FAB, e a DLR (Agência Espacial Alemã).

A parte técnica da missão foi coordenada pela empresa europeia Astrium, principal responsável pelos voos do VSB-30 no continente.

Outro grupo de"peixonautas" (nome de um desenho animado infantil brasileiro sobre um peixe astronauta') voltou à Terra no fim de maio, depois de um mês em órbita em um satélite russo de pesquisa biológica, o Bion-M1.

As larvas foram parte do experimento Omegahab, um miniecossistema que inclui algas, plantas aquáticas, crustáceos e caramujos, o primeiro do tipo com essa complexidade, autossuficiente e totalmente automatizado.

Algas e plantas produzem oxigênio para os animais, que produzem dióxido de carbono usado pelas plantas.


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