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Outro Lado

Diretor diz que instituição sabia da montagem e minimiza o caso

DA ENVIADA AO RIO

Apesar de a placa do fóssil no museu não fazer menção ao fato de que se trata de uma composição, Jorge Wagensberg, diretor científico da Fundação la Caixa, divisão de um banco espanhol que é dona do museu, disse à Folha que sabia desde o início que se tratava de uma montagem com vários animais.

Segundo Wagensberg, ele comprou o fóssil pessoalmente em 1998, em Denver, nos EUA. Ele diz ter sido acompanhado por dois especialistas.

"Só pelo preço eu já saia que não era original."

Paleontólogos ouvidos pela reportagem, no entanto, disseram que duvidam de que o museu soubesse do "Frankenstein" desde o início.

"Você queria o quê? Que eles reconhecessem que foram enganados?", perguntou, rindo, um deles.

Questionado pela reportagem sobre o fato de não haver qualquer menção no museu sobre o fóssil ser uma composição, considerando que ele diz que isso era um fato conhecido, ele disse: "A área para descrição de cada exemplar é uma placa muito pequenininha. Se fôssemos detalhar tudo, não caberia". Ele diz, no entanto, que vai colocar um pequeno aviso.

Segundo Wagensberg, as composições são um recurso que pode ser usado sem prejuízo quando objetivo é explicar ao público alguns aspectos mais gerais, como a aparência de um fóssil de perto.

Questionado se considerava correto comprar fósseis de países em que esse comércio é considerado ilegal, o diretor disse que só poderia responder sobre os aspectos científicos. (GM)


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