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Emergentes não podem ganhar 'licença para poluir' afirma ONG

DA ENVIADA A VARSÓVIA

Apesar de ter angariado apoio, a proposta brasileira de levar emissões históricas em consideração num novo acordo do clima também foi alvo de críticas entre diplomatas e ambientalistas.

"Por trás dessa proposta existe uma discussão maior, sobre equidade. Alguns países podem querer usar a questão da responsabilidade histórica para conseguir uma licença para poluir, uma vez que eles não emitiram tanto no passado", diz Renata Camargo, coordenadora de políticas públicas do Greenpeace Brasil, que acompanha as discussões na COP-19.

"No papel, as propostas brasileiras são muito bonitas, mas eu acho que ainda falta um pouco de clareza quanto à execução", diz André Ferreti, da da Fundação O Boticário. "Eu me pergunto se dá para fazer tudo isso, da maneira que foi proposta, em tão pouco tempo."

Um negociador da União Europeia disse à Folha que o bloco poderia se inclinar à proposta brasileira se ela incluir uma projeção do aumento de emissões futuras dos países emergentes.

Negociador-chefe do Brasil, José Antônio Marcondes de Carvalho, foi enfático contra essa possibilidade. "Há grandes mudanças na curva de emissões do planeta. De 2000 pra cá, quem poderia imaginar, olhando os números, que o Brasil diminuiria tanto o desmatamento? Que o Japão iria abandonar a energia nuclear e voltar a usar carvão?", questionou.


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