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Brasil e China antecipam novo satélite para 2014

CBERS-4 tenta sorte melhor que seu antecessor, perdido após falha no lançamento

SALVADOR NOGUEIRA COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Após a falha no lançamento do satélite sino-brasileiro CBERS-3 em 2013, a Agência Espacial Brasileira confirma o plano de antecipar o voo de seu sucessor para este ano.

"É muito cedo para ter uma data de lançamento precisa, mas estamos trabalhando para lançar em dezembro", afirma Petrônio Noronha de Souza, diretor de Política Espacial e Investimentos Estratégicos da AEB.

Segundo o cronograma original do projeto de parceria entre chineses e brasileiros, o CBERS-4 estava programado para 2015. Mas ninguém contava com a perda do satélite anterior no lançamento, por uma falha do foguete chinês Longa Marcha 4B.

O CBERS-3 tinha quatro câmeras que coletariam imagens para que o governo brasileiro monitorasse a Amazônia, auxiliando no combate a desmatamentos ilegais e queimadas.

Sem ele, o Brasil se vê obrigado a adquirir imagens de satélite produzidas por outros países. O quarto satélite é basicamente uma réplica do anterior, o que viabiliza a antecipação de sua montagem e de seu lançamento.

Ainda não se sabe se a mudança de planos acarretará um custo maior. "Há impactos provenientes da logística, pois decidiu-se integrar o satélite na China, o que pede envio de equipes para aquele país", explica Souza. "Por outro lado, haverá economia nas atividades de teste no Brasil e no transporte de equipamentos. Não temos ainda uma medida final do impacto real das alterações."

Estima-se que o CBERS-4 custe ao Brasil cerca de R$ 160 milhões.

QUINTO SATÉLITE

O programa CBERS foi iniciado em 1988, numa época em que China e Brasil eram bem mais parelhos em termos de seus programas espaciais.

Ele previa dois satélites. Depois o número foi expandido para quatro e, finalmente, para cinco (o CBERS-2 teve uma réplica, o 2B). O CBERS-4 será o último da série programado até o momento, mas os dois países já negociam a expansão do acordo.

Os custos de cada novo artefato são divididos por igual entre os dois países. De início, existia a expectativa de que o CBERS-4 pudesse ser lançado do Centro de Lançamento de Alcântara, mas atrasos no programa brasileiro de lançadores impediram essa tentativa.

A exemplo de seu antecessor, o novo satélite deverá ser lançado da base de Taiyuan, na China, por um foguete Longa Marcha-4B. Apesar da falha, trata-se de um veículo com alta taxa de sucesso.


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