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Ciência + Saúde

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Pesquisadores tentam identificar pontos fracos do vírus da Aids

Estudos investigam a capacidade de as pessoas infectadas reagirem ao HIV

REINALDO JOSÉ LOPES COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Até agora, a única vacina experimental contra a Aids a conseguir um nível modesto de sucesso foi testada na Tailândia a partir de 2003, reduzindo em cerca de 30% as taxas de infecção entre as pessoas vacinadas.

Em dois estudos recentes, pesquisadores dizem ter identificado os anticorpos responsáveis por esse efeito protetor, o que pode, no futuro, aumentar a eficácia desse tipo de vacina.

Nas pesquisas, publicadas em março na revista especializada "Science Translational Medicine", cientistas da Universidade Duke e do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), ambos nos EUA, apontam a imunoglobulina G3 (IgG3) como o anticorpo que conferiu proteção parcial aos vacinados tailandeses.

Variações na vacina bem-sucedida, como o uso de uma molécula para "ativar" o sistema de defesa, teriam sido os causadores desse efeito.

Por outro lado, como mostram Georgia Tomaras e seus colegas da Duke, essa produção começa alta e decai rapidamente ao longo do tempo. A tarefa é descobrir como induzir uma produção mais intensa dos anticorpos desejados e fazer com que ela dure.

PODER DO VÍRUS

Outra pesquisa, desta vez na revista "Science", argumenta que é preciso olhar também para a dinâmica evolutiva do HIV.

Segundo Christophe Fraser, da Escola de Saúde Pública do Imperial College de Londres, há mais indícios mostrando que, em alguns casos, o HIV não leva ao aparecimento da Aids em seu hospedeiro não porque o organismo da pessoa seja mais "poderoso", mas porque certas variantes do vírus adotam uma estratégia naturalmente mais "mansa".

Essas formas menos virulentas de HIV "prefeririam" deixar que seu hospedeiro infectasse o maior número possível de pessoas em vez de se multiplicar desordenadamente, matando a pessoa e diminuindo suas chances de invadir mais corpos.

Entender essas análises de custo-benefício que os vírus fazem pode ajudar a planejar estratégias de medicação e vacinação no futuro, argumentam Fraser e colegas.


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