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HIV volta a aparecer no sangue de criança considerada curada

Bebê dos EUA era o primeiro a ter ficado livre da infecção após tratamento agressivo

DA REUTERS

A menina que médicos acreditavam ter sido curada da infecção por HIV voltou a apresentar níveis detectáveis do vírus, anunciaram autoridades sanitárias dos EUA nesta quinta-feira (10).

O histórico da criança, revelado pela primeira vez num encontro médico em março de 2013, tinha sido o primeiro relato de um bebê que se livrara da infeção após receber um tratamento agressivo de antirretrovirais em suas primeiras 30 horas de vida.

O caso gerou a esperança de que 250 mil crianças nascidas soropositivas anualmente no mundo pudessem ter uma chance de cura. Mas, na semana passada, médicos descobriram que o HIV tinha voltado a se reproduzir.

"É uma reviravolta frustrante para essa jovem criança, para a equipe médica envolvida em seu tratamento e para a comunidade de pesquisa em HIV/Aids", afirmou Anthoni Fauci, diretor do Instituto Nacional de Doenças Alergênicas e Infecciosas dos EUA, em entrevista coletiva.

A menina, hoje com quatro anos, havia nascido prematura num hospital do Mississipi. Sua mãe, que é soropositiva, não havia recebido nenhum cuidado pré-natal. Após o parto, a criança foi transferida às pressas para o Centro Médico da Universidade do Mississipi, onde Hannah Gay, pediatra especialista em HIV, iniciou um tratamento intenso, administrando um coquetel de três drogas antivirais poderosas.

Normalmente, crianças com suspeita de infecção por HIV recebem terapias menos agressivas antes de testes confirmarem o problema.

A criança permaneceu por 18 meses em tratamento, que depois foi interrompido. Ao retornar para o centro médico algumas semanas mais tarde, a menina não apresentava nenhum sinal do vírus.

MUDANÇA DE PLANO

A evolução da criança foi acompanhada de perto pelos médicos. Na semana passada, ela havia completado 27 meses sem necessidade de receber drogas. Ela agora está sendo tratada com antirretrovirais que provavelmente terá de tomar pelo resto de sua vida, a não ser que uma cura seja encontrada dentro das próximas décadas.

Hannah Gay descreveu sua decepção como "um soco no estômago". Fauci, porém, afirma que a criança do Mississipi ainda é um caso importante, pois mostra que um tratamento rápido e intenso pode impedir o vírus de se reproduzir. Em maio, ele havia anunciado a intenção de testar a técnica em mais crianças, mas afirma que deve reavaliar o plano agora.


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