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Simulação bagunça o sono de voluntários
COLABORAÇÃO PARA A FOLHAUm estudo publicado ontem na "PNAS", revista da Academia Nacional de Ciências dos EUA, avaliou o padrão de sono de um grupo isolado por 520 dias em módulos espaciais.
Os seis "tripulantes" passaram quase dois anos num simulador nos arredores de Moscou para recriar uma missão até Marte.
A pesquisa mostrou que o sistema que regula o sono e o despertar ficou "doido" durante a falsa viagem.
O ciclo de dia e noite da Terra nos condiciona a saber a que hora dormir e quando ficar acordado. Em isolamento, com luz artificial, esse negócio todo vai para o beleléu.
O sedentarismo toma conta ao longo da missão. Entediados, os astronautas dormem mais, mas a qualidade do sono cai.
Apesar das dificuldades, os voluntários consideraram o resultado positivo. "Humanos são capazes de resistir a uma viagem dessas, dada a seleção e mentalidade apropriadas", disse à Folha Diego Urbina, italiano que participou do confinamento.
Para os cientistas, as conclusões são outras. Qualquer missão dessa magnitude deverá simular as condições da Terra ou corre o risco de fracassar.