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Olivier Anquier estreia reality culinário
Novo programa, que entra no ar amanhã no GNT, desafia chefs amadores; Folha acompanhou um dia de gravação
Atração, que se propõe a valorizar a cozinha caseira brasileira, tem chefs 'técnicos' e 'glutões' como jurados
A partir de amanhã, às 20h30, Olivier Anquier deixa de caçar personagens e suas receitas --marca do "Diário do Olivier"-- para colocar novos personagens e suas receitas competindo entre si.
O chef-apresentador é o anfitrião de "Cozinheiros em Ação", reality show com 18 pessoas que, em comum, têm apenas o fato de não serem chefs (há, entre eles, um ator, um comissário de bordo, uma advogada e duas domésticas).
A atração segue dinâmica já conhecida em reality shows semelhantes. Participantes devem, em certo tempo e com tema específico, escolher ingredientes e criar uma receita, avaliada por três jurados (os chefs Ivan Achcar, Mônica Rangel e Renata Vanzetto). Ao cabo do episódio, um deles é eliminado.
"Ter amadores na cozinha e receitas caseiras no prato dá um clima familiar ao programa e valoriza a cozinha caseira brasileira, coisa que faltava na TV", diz Anquier.
A Folha assistiu a um dia de gravações do programa.
E o clima familiar não custou a aparecer. Anquier não se furtou a ajudar a concorrente Virginia Jackel, 71: buscou temperos e assumiu a faca quando ela cortou o dedo e um bombeiro a socorreu --ninguém chiou. Depois, ensinou a uma competidora que um pano sob a tábua a impede de escorregar.
"Ele entende de cozinha e não é jurado; então o deixamos interferir, conversar, ajudar --e até defender os concorrentes perante os jurados", diz o diretor, Roberto Dávila.
Mas o anfitrião dá seus pitacos ácidos. Com a Folha no estúdio, torceu o nariz para um prato: "Nem vou provar, de tão pouco atraente".
Essas criações sem ousadia, depois que saíam de cena e chegavam aos bastidores, eram alvo de olhares tortos dos contrarregras.
Já as aprovadas pelos jurados motivavam a formação de um pelotão com garfinhos em riste para prová-las.
Quem pagou pelo apetite dos produtores foi o diretor.
Em um episódio, Anquier disse que Dávila tinha que provar um charutinho de couve.
"Vim correndo da sala de edição, mas encontrei o prato vazio", conta.
Entre os jurados, Achcar se revelou mais "técnico", ao pesar as palavras nas análises. Mônica e Renata foram mais espontâneas --a equipe definiu a jovem chef do Marakuthai, aliás, como "glutona".
A Folha presenciou sua gulodice e espontaneidade. Na gravação, depois de alguns pratos ruins, ela suspirou: "Queria tanto comer bem..."
Até o episódio final, que será exibido em dezembro, quiçá ela comerá melhor.
NA TV
"COZINHEIROS EM AÇÃO"
QUANDO amanhã, às 20h30, no GNT
CLASSIFICAÇÃO livre
