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A gourmet

Tendências gastronômicas mundo afora

México, a bola da vez

Chefs não-latinos dos dois lados do Atlântico puseram-se a servir tacos com toques autorais

ALEXANDRA FORBES

Não há chef mais genial que Albert Adrià, irmão de Ferran. Pergunte a ele o que acha do México, país que já visitou 14 vezes, e ele responderá: "Me encanta, tengo alma de mexicano".

Em janeiro, abrirá em Barcelona um restaurante mexicano, maior do que seu famoso Tickets (onde serve tapas modernas). Terá uma taqueria e mezcaleria (bar de tacos e mezcal, o destilado primo da tequila que virou moda entre mixologistas) além de um salão com 80 lugares.

Ele é um de muitos chefs não-latinos a cair de amores pela cozinha mexicana, a bola da vez. Tudo começou com o chocante anúncio, em 2010, de que Alex Stupak iria deixar o posto de chef-pâtissier no WD-50 (premiado restaurante de vanguarda) para abrir o mexicano Empellón, também em Nova York. Poucos entenderam a vertiginosa guinada na carreira. Mas o sucesso foi tanto que logo veio um filhote mais casual: Empellón Taquería.

Desde então, a onda mexicana alastrou-se por Nova York. A inglesa April Bloomfield (the Breslin) fincou bandeira no Midtown, com seu Salvation Taco. O estrondoso sucesso ABC Kitchen, do francês Jean-Georges Vongerichten, perto da Union Square, ganhou há pouco irmão "chicano": o ABC Cocina também foca nos tacos, embora o menu esteja mais para "nuevo latino" do que propriamente mexicano.

Até Danny Bowien, o americano de descendência coreana que virou sensação em Nova York com o Mission Chinese, resolveu testar seus dotes de "tortilheiro". Abrirá na mesma cidade o Mission Cantina.

Em breve, todos terão que competir com um chef mexicano e de muito peso: Enrique Olvera, cujo Pujol, na Cidade do México, está entre os melhores restaurantes do mundo. Estrela da gastronomia de seu país, prepara a inauguração de um restaurante em Manhattan.

Essa onda mexicana vem no rastro da peruana. E nós, brasileiros, a comer poeira. Pena não existir um único ótimo restaurante verdadeiramente brasileiro lá fora que não seja churrascaria. Não está na hora?


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