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Comida

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O faminto

Comida sem frescura

Orgia no balcão

Boteco japonês da rua dos Pinheiros, um hype gastronômico paulistano, superou as expectativas

ANDRÉ BARCINSKI

Tem certas noites em que, por uma combinação de boa comida, bom ambiente e boa companhia, você manda o comedimento às favas e come bem mais que deve, bebe mais que o recomendável e fala pelos cotovelos.

Passei por um desses momentos de felicidade em recente visita ao Minato Izakaya, o boteco japonês da rua dos Pinheiros, caso raro de hype gastronômico paulistano que supera as expectativas, de longe.

O Izakaya é pequeno. São dois balcões, com dez lugares em cada. Chegue depois de 20h e você certamente terá de esperar. Mas esperar, no Minato, não é das tarefas mais desagradáveis, especialmente tomando um saquê e batendo papo com o sushiman Sergio Kubo (ex-Hideki), que deu dicas das melhores pedidas da noite. E foram muitas.

O que recordo: começamos com pequenas porções de berinjela marinada e da inacreditável moelinha com cebola-roxa. Depois, veio um pratinho viciante, a pimenta-cambuci recheada com anchova. Seguiram-se porções deliciosas de barriga de porco, língua de boi na chapa, berinjela, ovas de tainha fatiadas, mandioca frita na manteiga, guioza no vapor e nirá refogado.

Aí chegaram os frios: cortes caprichados de sashimi, com destaque para a cavalinha marinada, e algumas excelentes seleções de sushi, além de shots de uni (ovas de ouriço do mar) com gema de ovo de codorna. Para rebater, uma densa e perfumada sopa de cabeça de peixe com nabo.

Uma das várias surpresas da noite ocorreu quando um dos donos, Fabio Koyama (ex-Aoyama) sugeriu um prato quente de lagostins cozidos que deixou todos os outros clientes da casa com inveja. "Traz um igualzinho pra nós", disse um grupo sentado à nossa frente. Para infelicidade deles, eram os últimos lagostins. Foi mal, amigos.

Quando já havíamos dado a noite por encerrada, depois de mais de quatro horas de banquete, Koyama trouxe um robalo cozido com ameixa japonesa, que foi devorado. E o simpático dono ainda distribuiu saquê para os clientes e puxou um "kampai!" coletivo. Que noite...


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