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Vinhos

Desconhecida viognier

Hoje, a peculiar uva viognier é plantada na França, na Austrália e na Califórnia (EUA)

ALEXANDRA CORVO

Há variedades de uvas que nos ensinam muito sobre a importância de considerar suas peculiaridades. Viognier é uma. Enquanto não resistimos ao bom e velho clichê de que os grandes brancos do mundo melhoram com o tempo, com ela, nem sempre. Isso se dá por diversos fatores.

Ela tem um ciclo complicado de amadurecimento. Seus aromas característicos, de mel e flores brancas, só se expressam mesmo depois de os açúcares quase terem passado do ponto e a acidez quase caído a níveis baixíssimos.

Ou seja, devido à baixa acidez, não tem muita capacidade de envelhecer. Se colhemos antes para manter a acidez, perdemos a gordura que lhe é característica. É normal um bom viognier ter 13, 14 graus de álcool.

A uva viognier tem origem no rio Ródano setentrional. Ela é a uva de dois brancos importantes da região, o Condrieu e o Château Grillet, cujos vinhedos estão em encostas íngremes de granito quase nu. Condrieu é um estilo mais volumoso e Château Grillet é mais mineral.

Se hoje falamos do prestígio dos vinhos feitos com essa variedade, podemos afirmar que não foi sempre assim. Nos anos 1970 havia menos de 15 hectares plantados com ela, em sua maioria abandonados nos penhascos graníticos do Ródano.

Hoje, só na França são mais de 4.000 hectares, cerca da mesma quantidade na Austrália, além de quase 1.500 na Califórnia, só para mencionar os grandes. Ela está plantada praticamente no mundo todo.

Seu estilo, com aromas que lembram camomila, mel e pêssegos cozidos, sem dúvida conquistou o mundo. Ela tem seus caprichos? Com certeza. Mas é aí que está seu charme.

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