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Para o verão, bares de SP investem no clássico mojito

Drinque refrescante, que tem fãs no mundo todo, ganha releituras com itens como rum escuro, frutas e gengibre

Dono de bar colombiano quer usar o drinque para alavancar o consumo de rum e criar clube dedicado à bebida

FERNANDA MENEGHETTI COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Rum, hortelã, limão, açúcar e água com gás.

Quem digitar "mojito" no Google, além de encontrar essa combinação clássica, vai se juntar às estatísticas e garantir que ele continue sendo o coquetel mais procurado da internet, no mundo.

Por aqui, a tendência reverbera. O português Pedro Alves Cardoso já trabalhou em bares de 38 países e é consultor do novo Guanahaní, primeiro bar colombiano da cidade. Diz ele: "O rum nunca saiu de moda, mas virou tendência na coquetelaria".

Ele mesmo tem mojitos como o de frutas vermelhas (R$ 19) e o Guanahaní (rum envelhecido, anis, espumante e especiarias, R$ 21). Pretende alavancar o consumo e criar um clube dedicado ao rum.

Já o mixologista Pablo Moya, do NOH Bar, considera ter uma "mojiteria". Além das versões míni (tradicional, tangerina, pimenta, grapefruit e morango; R$ 48 a bandeja com cinco), há uma jarra (R$ 60) com a receita clássica, o dark mojito (R$ 25), com rum escuro e bitter caseiro de laranja, e o NOH, que traz melancia embebida no drinque (R$ 23).

Com o calor, Carlos Erthal, gerente do Jordão Bar, aposta em um festival com 12 variações da bebida, como a de lichia (R$ 21,90).

A importadora Diageo trouxe da Guatemala o Zacapa, feito com mel virgem de cana e envelhecido em barris de vinho doce.

Seu zacapito (R$ 27, em média), coado e com toque de abacaxi, é servido em locais como a Adega Santiago.

O DRINQUE E O MITO

As atrizes Brigitte Bardot e Marlene Dietrich e o escritor Ernest Hemingway, amantes declarados da bebida, não estavam sozinhos.

Este era fã do drinque original da Bodeguita Del Medio. Em 1942 em Havana, capital cubana, a casa já vendia mojitos. Foi em suas paredes que o escritor americano cravou: "Meu mojito em La Bodeguita, meu daiquiri no El Floridita".

Contrariando o mítico autor, o premiado barman Derivan Ferreira de Souza, do Número, aprendeu a autêntica receita no Floridita, também em Havana.

"A tradição é a mesma nos dois bares. O segredo é colocar a hortelã no fundo do copo, dar uma leve espremida no limão, somar açúcar, o gelo, o rum e a água com gás, porque não tem Club Soda em Cuba. Uma colher comprida vai mexendo e liberando os aromas [dos ingredientes]. Quando o açúcar desaparecer, está pronto."


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