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Aumenta a procura de refeições por brasileiros
O site EatWith já tem 25 anfitriões cadastrados e fila de espera de 500
O EatWith manda curador até o local do encontro para aprovar as instalações e, claro, a comida
"Espero que esta comida te traga sustento e conforto."
É com esse clima acolhedor que a chef Bia Goll, 37, recebe pessoas para jantar em sua casa, na região da Consolação. Ali convivem mesas, penduricalhos, poltronas e um mancebo --peças da intimidade da anfitriã.
Em cada início de jantar, Bia pouco sabe sobre seus convidados. São encontros marcados por meio do EatWith, que faz parte da lista de redes de gastronomia, que há pouco chegaram ao Brasil.
Os eventos têm data e hora marcadas pela internet, assim como o pagamento.
Por entrada, principal e sobremesa, Bia, que foi chef do extinto Otto Bistrot, cobra US$ 34 (cerca de R$ 81). Ela prepara tudo na hora e os pratos variam de acordo com o frescor dos ingredientes. Pode ser um spätzle (massa germânica à base de farinha e ovos) ou um hambúrguer com gorgonzola, alto e rosado, precedido por bruschettas de mozarela, tomate e manjericão.
E você não tem medo de abrir a sua casa para desconhecidos? "É um risco que se corre, mas prefiro acreditar na boa fé das pessoas", diz.
Ela confia na burocracia do site --para fazer parte da rede é preciso fornecer dados pessoais, além de informações do cartão de crédito.
Os programas não se restringem ao ambiente caseiro. A cozinheira Barbara Santos, 26, faz piqueniques mensais em parques paulistanos. Custam cerca de R$ 44.
Sobre uma toalha xadrez, dispõe as comidinhas que ela mesma prepara: bolachas amanteigadas com goiabada, sanduíches na baguete, bolo de coco bem molhadinho.
No Brasil, o EatWith soma 25 anfitriões --além de outros 500 interessados em cadastrar seus próprios eventos. Para tal, é preciso angariar a chancela do site, que manda um curador pessoalmente até o local, para aprovar as instalações, conhecer o anfitrião e, claro, a comida.
