Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Comida

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

crítica restaurante

Chez Oscar peca nos pratos e no atendimento

Badalada e barulhenta, casa na Oscar Freire é lugar para ver e ser visto; ambiente, no entanto, é surpreendente

JOSIMAR MELO CRÍTICO DA FOLHA

O Chez Oscar, badaladíssimo, visualmente curioso e barulhento, tem um inquietante ar de "parece, mas não é".

Parece restaurante e com boa comida --vide garçons moderninhos levando pratos vistosos que vão apetecendo o olhar; cardápio com itens familiares espertamente descritos como novidades; e o parentesco com o Chez MIS, um bom restaurante. Mas, quando chega a comida, que parece boa, não é. Estranho.

O grupo de proprietários (cinco sócios) é o mesmo que abriu o Bar Secreto em 2007 e depois o Lorena 1989 (rebatizado Chez Lorena), o Chez Burger, o Chez MIS e, agora, o Chez Oscar e o Bar de Cima.

Com eles está o chef Leo Botto, 37, que já teve seu talento demonstrado desde quando foi sócio e chef do La Frontera, entre 2006 e 2009.

Os pratos do Chez MIS, no Museu da Imagem e do Som, representam bem o tipo de cozinha de Botto, com inspiração na Europa mediterrânea, mas com uma pegada rústica e, não raro, um gostoso jeito trivial. Mas no Chez Oscar eles parecem atrapalhar um pouco --ou ser atropelados-- o clima de bar e badalação. O serviço é claudicante, o barulho, infernal (onde já se viu, num restaurante grande e cheio de gente deslumbrada, colocar paredes de ladrilhos?).

No almoço, um bufê sem graça parece estar ali para ajudar a não atrapalhar o desfile de gente. No jantar, o prato demora, vem errado, mas ninguém parece se incomodar --a bebida é boa, o público é frenético, o ambiente surpreende (são vários andares, de alto pé-direito, com um terraço no meio e, no alto, um caixote suspenso --o Bar de Cima).

O cardápio tem clássicos da casa como o nhoque rústico (recheado de mozarela, creme de parmesão e farofa de pão --muito creme, há a versão com molho de tomate) e o filé à milanesa com mostarda de Dijon (não tem erro). Antes, boas entradas: carpaccio de vieiras com molho do coral e flores (estas, não vi); lula baby na chapa com limão-siciliano e manjericão; ótimo bolinho de purê de aipim.

Depois, no entanto, atum branco sem gosto, sem sal, com molho de gengibre e limão; fraldinha chamuscada demais (mesmo considerando que é o estilo da casa); legumes na grelha com brócolis já passados; salvando-se o arroz Brasil (arroz agulhinha com paio, carne-seca, couve, tomate e parmesão). Ah, e os churros com doce de leite e chocolate (doces demais).

CHEZ OSCAR
ONDE r. Oscar Freire, 1128, Jardins (São Paulo); tel. (11) 3081-2966
HORÁRIO de seg. sáb., das 12h à 1h; dom., das 12h às 17h; bar: de seg. a sáb., das 21h às 3h
AMBIENTE vários andares, decoração eclética, barulho e bar no alto
SERVIÇO de dia ainda vai, à noite se atrapalha na multidão
VINHOS oferta modesta (não nos preços)
CARTÕES A, D, M e V
PREÇOS entradas, de R$ 18 a R$ 69; pratos, de R$ 40 a R$ 83; sobremesas, de R$ 12 a R$ 30


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página