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A gourmet

Tendências gastronômicas mundo afora

Nossos 120 minutos de fama

Chefs brasileiros serão destaque do MAD, influente evento em Copenhague que terá curadoria de Alex Atala

ALEXANDRA FORBES

O mundo está cheio -até demais- de fóruns gastronômicos. Toda cidade de respeito tem o seu, com chefs exibindo-se num palco estampado com logos de patrocinadores, estandes promovendo comes e bebes e um formigueiro de chefs, jornalistas e cozinheiros amadores zanzando de crachá. Já fui a dezenas deles e cansei da fórmula.

Há um fórum, no entanto, que faz o oposto dos outros. O MAD, realizado anualmente em Copenhague, na Dinamarca, sob a direção do chef-proprietário do lendário restaurante Noma, René Redzepi, tenta ser o menor possível. Recusa patrocínios. Em vez de palco, coloca chefs para falar em um cenário que parece um matagal. Em vez

de auditório, acolhe o público sob uma lona de circo. Chefs não dão receitas: falam sobre algum tema. E misturam-se a outros palestrantes que vão de um artista doidão

a um climatologista.

Esse modelo instigante fez tanto sucesso que o MAD ofuscou a concorrência e em três anos tornou-se o mais influente evento gastronômico do planeta. Se chefs famosos cobram cachês de até € 20 mil (R$ 62 mil) para irem a outros fóruns, imploram para falarem de graça no MAD.

Daí a importância de o MAD ter, nesta próxima edição em agosto, Alex Atala como cocurador. O Brasil brilhará. Três palestrantes, além de Atala, já estão confirmados: Rodrigo Oliveira, do Mocotó, de São Paulo, Thiago Castanho, do Remanso do Bosque, de Belém, e David Hertz, presidente da ONG Gastromotiva. Os três irão cozinhar um dos almoços servidos aos participantes, inclusive. Possivelmente, André Mifano, do restaurante Vito, de São Paulo, também irá se apresentar.

Anteontem, abriram as inscrições on-line, mas há um processo de seleção para a compra de ingressos. Só em 26 de maio os escolhidos poderão pagar os R$ 1.050 por um lugar na tenda (inclui dois dias de palestras, dois almoços e um jantar).

Nunca vi algo parecido: uma corrida pela chance de gastar para ver chefs falando. E, pelo menos, quatro deles brasileiros. Serão nossos 120 minutos de fama, tardios, mas merecidos.


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