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Para criadores, uso de hormônio é inviável

DE SÃO PAULO

Como ter certeza que o pintinho que, na década de 1960, atingia 1,5 quilo em 90 dias e hoje se torna um frango de 3 quilos na metade do tempo não recebe hormônios?

A mudança, segundo criadores, se deve ao melhoramento genético (que potencializa o desenvolvimento da ave, mas não traz risco à saúde humana) e à evolução nos meios de produção --temperatura e luz de galpões controladas e o alto teor energético da ração.

Antibióticos também foram incorporados, para preservar as aves.

"São substâncias que não deixam rastro nos frangos e não têm ação em humanos", ressalta o zootecnista Antonio Gilberto Bertechini.

Não é uma visão unânime. A Korin, que segue preceitos da igreja messiânica (como a agricultura natural) os rejeita.

"Estudos indicam resíduos de antibióticos na carne, sim. Isso amplia a discussão de questões como resistência bacteriana e alergia em humanos", diz Luiz Demattê, diretor da empresa.

Outros fatores ajudam a refutar a hipótese do uso de hormônios na criação:

1. Não é economicamente viável. Hormônios de crescimento precisam ser injetados na corrente sanguínea. Uma grande produtora abate 7 milhões de frangos por dia, o que tornaria impraticável fazer aplicações individuais.

2. Frangos são abatidos jovens, quando não têm o organismo desenvolvido para receber hormônios de laboratório. Estudos já mostraram que o uso seria inócuo.

3. Não existe produção em larga escala de hormônios de crescimento para frangos.

4. O frango brasileiro é constantemente avaliado. O Ministério da Agricultura faz inspeções na produção e nunca encontrou resíduos hormonais. A produção nacional também está sujeita a constantes inspeções internacionais: o país é o maior exportador mundial.


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