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Crítica restaurante

Lapin é pedaço da França em Perdizes

Casa recém-aberta tem menu enxuto de bistrô, com pratos como confit de pato e steak au poivre

JOSIMAR MELO CRÍTICO DA FOLHA

É uma simpatia o restaurante Lapin, aberto há quatro meses em Perdizes. Fica num bairro mais para residencial, sem badalação gastronômica, portanto mais voltado, suponho, para quem vive em seu entorno (como faz falta isso em São Paulo).

Tem tamanhozinho de bistrô, uma decoração leve e alegre (até feminina), cozinha francesa das antigas (mas do jeito que se faz hoje) e preços nada ardidos.

A proprietária é a chef Rubia Coutinho, 31 --seu nome do meio, Coelho, traduzido para o francês, batizou o restaurante. Ela trabalhou durante oito anos nos restaurantes do hotel Grand Hyatt em São Paulo. Depois, ficou três anos ao lado do chef Fred Frank no La Cocotte, até sair em meados do ano passado.

Com o sonho de abrir uma casa própria, ela resolveu instalá-la no bairro em que mora, onde há restaurantes interessantes, mas esparsos.

E adotou a culinária francesa, com a qual já trabalhava, permanecendo fiel a receitas tradicionais, com uma ou outra intervenção --como a adoção de um purê de mandioquinha acompanhando o peito de frango ou uma abóbora (com cenoura e sálvia) ao lado do confit de pato.

De resto, é aquilo que conhecemos e de que gostamos. Quer dizer, a bonita salada com queijo de cabra quente e boa compota de tomate não poderia esconder, no fundo, folhas já descoradas pelo tempo. E a terrine de campagne, com vinagrete de échalotte e vinho do Porto, poderia ser mais úmida e untuosa.

Da mesma forma, o boeuf bourguignon, de molho apurado, não deveria esconder os sabores dos ingredientes (vinho, cenoura, échalotte, cogumelos) sob uma presença tão dominante de bacon.

Mas, em geral, o cardápio segue mais à risca os sabores vibrantes da cozinha francesa, sendo também belamente apresentados, capricho que ajuda a aguçar o paladar.

Estão no menu, sem merecer reparos, o escalope de foie gras com figos salteados; o steak au poivre com purê de batatas; o carré de cordeiro com crosta de mostarda e legumes verdes; e um macaron recheado de ganache de chocolate branco e morangos marinados. (O mil-folhas tem massa fina e leve, mas creme muito espesso.)

Os pratos principais são poucos, apenas nove, e ficam em torno dos R$ 45; para quem não come entrada, talvez seja necessário reforçar com uma guarnição (legumes, purê). Mas, seguindo o ritual do bistrô tradicional, indo da entrada à sobremesa (como no almoço executivo de R$ 39), ninguém fica com fome.

LAPIN *
ENDEREÇO r. João Ramalho, 766, Perdizes; tel. (11) 2157-6541
HORÁRIO de seg. a sáb., das 10h às 22h
AMBIENTE gracioso, feminino, de pequeno bistrô de bairro
SERVIÇO pouca gente atendendo, mas não chega a enervar
VINHOS carta básica com bons preços
CARTÕES M e V
PREÇOS entradas, de R$ 22 a R$ 38; pratos, de R$ 39 a R$ 49; sobremesas e queijos, de R$ 12 a R$ 36


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