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Comida

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Crítica restaurante

Chef respeita a comida, em casa de shows

Nova-iorquino que passou pelo estrelado Per Se, de NY, acaba de assumir o Na Mata Café, com receitas cosmopolitas

JOSIMAR MELO CRÍTICO DA FOLHA

Comida é coisa séria, e não deve ser reservada apenas aos templos gastronômicos. Onde quer que seja servida, tem de ser boa e com preços condizentes. Algo que parece desde sempre nortear o Na Mata Café: aquilo no almoço é uma passarela, no jantar é uma antessala da sala de shows; mas sempre com uma pegada de respeito à comida.

O novo chef parece reafirmar essa visão. Bem, no almoço, nem tanto: o bufê é bem sem graça, bem óbvio, até menos que o óbvio (em São Paulo, Brasil, um bufê com arroz, mas sem feijão?); mas, enfim, come-se.

Já à noite, numa semiescuridão, enquanto o show não começa (calma, é num ambiente separado), dá para comer com algum interesse.

O chef nova-iorquino Khahim Johnson, 45, que começou trabalhando com produção de música e eventos, resolveu estudar gastronomia há 15 anos --chegou a fazer estágio no multiestrelado Per Se, de Nova York. Desde então, tenta combinar as duas atividades.

Depois de sua primeira incursão em São Paulo, em 2012, num evento de arte e música no Na Mata, Johnson passou a frequentar mensalmente a cidade. Estava recentemente baseado em Hong Kong quando resolveu fixar-se no Brasil, assumindo a cozinha do restaurante.

Seu cardápio é curto, quase sem carnes (somente nos hambúrgueres ou numa massa) e tem um toque cosmopolita, com pequenas influências vindas de todo lado.

Nele se incluem petiscos como bons pastéis assados de farinha orgânica com recheio de carne ao curry e mango chutney; e pizzas que, se você esquecer o padrão italiano (pois não são feitas em forno a lenha e têm massa que lembra um biscoito crocante), são gostosas como jantar ou petisco (a porky's leva mozarela, linguiça toscana com sementes de erva-doce, cebola, pimentão vermelho e molho de tomate).

Não há seção de carnes, mas massas interessantes, como pappardelle com molho cremoso de échalotte, alcaparras e tomates secos, mais peito de frango assado e tenro. Também ravióli de beterraba, ricota e alho-poró (mas com demasiada presença da primeira) em molho cremoso de rúcula.

O destaque é de longe um prato de peixe (também o mais caro, num cardápio de preços razoáveis): o black cod selvagem do Alasca, levemente chapeado e muito suculento, servido com arroz ao leite de coco e cogumelos.

Um dos destaques do endereço, e que não faz feio, é uma cremosa sobremesa: um cheesecake com calda de goiaba fresca.

NA MATA CAFÉ (regular)
ENDEREÇO r. da Mata, 70, Itaim Bibi; tel. (11) 3079-0300
HORÁRIO seg. a sex., das 12h às 15h30 e das 19h30 até o último cliente; sáb., das 13h às 16h30 e das 20h até o último cliente
AMBIENTE é a antessala de uma casa de shows, mas bem equipada, com mesas diante do balcão do bar, e meio piso acima, um ambiente mais de restaurante
SERVIÇO sem grande brilho, mas rola
VINHOS oferta limitada, mas com um pouquinho de cada canto
CARTÕES A, D, E, M e V
ESTACIONAMENTO com manobrista, R$ 20 (até às 18h) e R$ 25 (a partir das 18h)
PREÇOS porções, de R$ 19,90 a R$ 39,90; pratos principais, de R$ 22,90 a R$ 73,90; sobremesas, de R$ 18,90 a R$ 22,90


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