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Farejador de formigas reza para pegar içás

DA ENVIADA A LAGOINHA

"Pode cantar música de Nossa Senhora catando formiga?", pergunta Zé Maria, o maior farejador de içás da cidade de Lagoinha.

À medida em que avança na cantoria "Nossa Senhora, para chegar a essa terra, cruzou vales e campinas, mares, montanhas e serras (...)", cresce a colônia de içás que ele tira do formigueiro e coloca dentro de um saco plástico.

Para chegar às içás não é preciso cruzar vales, campinas, mares e serras, mas é preciso atravessar 365 dias e rezar para estar no formigueiro certo, na hora certa. Dizem que o pedreiro José Maria dos Santos fareja como ninguém os formigueiros que vão "ferver".

Zé Maria conversa com as içás enquanto as pinça, uma a uma, com as próprias mãos. "Não morde, formiga", repreende-as.

As formigas incrementam sua renda familiar. Seu recorde em um só formigueiro foi encher nove litros -vendidos a R$ 10 cada um.

A tarefa compensa. Tanto, que no dia de saída das içás ele não foi ao trabalho. "Nesta época, meu chefe sabe que me dedico à captura das formigas", diz.


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