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Vitória da ressaca

Em teste feito pela reportagem, só a água de coco amenizou mal-estar depois da bebedeira

PRISCILA PASTRE DE SÃO PAULO

Na última sexta-feira, quatro jornalistas da Folha avaliaram métodos antirressaca: dois recomendados por um médico e dois que são popularmente adotados, mas não há comprovação científica de que funcionem.

A experiência começou na noite anterior, em um bar. A ideia era que os participantes bebessem até que esta repórter -a única que não ingeriu nada alcoólico- avaliasse que todos tinham atingido razoável grau de embriaguez.

Antes da ida ao bar, a reportagem pediu orientações ao hepatologista Fernando Pandullo, do hospital Albert Einstein. Após a experiência, ele foi novamente consultado para explicar como o organismo de cada um reagiu aos métodos adotados.

DURANTE A NOITE

Algumas reações dariam a pista de que as doses de cachaça e os copos de caipirinha, caju-amigo, daiquiri, gim-tônica, margarita e mojito já surtiam efeito: entre elas, risada fácil, desinibição e idas seguidas ao banheiro.

Ninguém tomou nenhum tipo de remédio nem antes nem depois do teste. Tampouco foram tomadas precauções, como alternar os drinques com água e não misturar bebidas diferentes.

Para que ninguém "desanimasse", foram servidos petiscos gordurosos, como porções de pastéis e de queijos. "Enquanto as pessoas estão bebendo, a gordura faz com que o álcool seja absorvido numa velocidade menor, o que leva a beber por mais tempo", diz Pandullo.

A "botecagem" seguiu das 20h30 à 1h. Neste horário, todos mostravam sinais de embriaguez. E o combinado era que eles descansariam por sete horas antes de testar os "antídotos" contra a ressaca.

NA MANHÃ SEGUINTE

Às 9h30 da sexta, todos estávamos juntos de novo. Dessa vez, para testar os métodos contra a ressaca recomendados pelo médico (suco de fruta e água de coco) e os desaconselhados, mas que são popularmente difundidos (chá de boldo e refrigerante).

Foi definido por sorteio quem tomaria cada "antídoto". O mais eficaz foi a água de coco, que ajudou a aliviar a desidratação produzida pelo álcool e a desintoxicar.

O suco de fruta não deu o efeito esperado porque o abacaxi estava ácido. O refrigerante e o chá de boldo, como já havia sido alertado pelo médico, pioraram a situação.


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