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Folhateen

AMOR & ÓDIO

Nickelback, banda tão zoada quanto amada, estreia no Brasil com megashow no Rock in Rio e diz não ligar para quem fala mal de seu som

IURI DE CASTRO TÔRRES DE SÃO PAULO

Não tem jeito: Nickelback é daquelas bandas que têm defensores tão ferozes quanto seus detratores.

Anunciado na última quinta-feira como uma das principais atrações do Rock in Rio, em 20 de setembro, o grupo estreia no país com uma base sólida -e enérgica- de fãs, que vibraram e choraram com a notícia.

Mas nem tudo são flores na vinda dos canadenses. Alvos de críticas dentro e fora do país, o zunido nas redes sociais contra a apresentação dos rapazes foi alto.

Mike Kroeger, baixista do Nickelback, conhecida como "a maior banda de rock da atualidade", sabe disso e parece não ligar muito.

Em entrevista ao "Folhateen", por telefone, o músico riu dos comentários maldosos sobre a banda, que já vendeu mais de 50 milhões de discos nos Estados Unidos, só perdendo para os Beatles como a banda não americana que mais vendeu álbuns naquele país neste século.

"Não dá para agradar a todo o mundo", diz. "Aprendemos isso há muito tempo."

A crítica mais pesada veio no ano passado, quando o baterista da banda Black Keys, Patrick Carney, disse que o rock estava morrendo porque as pessoas acham OK a maior banda do mundo, no caso o Nickelback, "ser uma merda".

"Ele é hilário", diz Kroeger, rindo. "Eu não falo mal dos outros, então não vou fazer isso com ele, então só posso dizer que ele me faz rir muito."

Segundo Kroeger, as críticas doíam mais no começo, mas ele diz que a melhor coisa é não ligar. "Sempre vai ter gente que nos ama e gente que nos odeia. Fazer o quê?"

O que também pegou em cheio o ego do grupo foi uma lista divulgada em 2011 pelo site Tastebuds, que colocava o grupo no vergonhoso primeiro lugar de banda que mais afasta possíveis paqueras, à frente de Justin Bieber.

A birra com o Nickelback, analisa Kroeger, se dá pelo sucesso do grupo. "Entramos muito forte no mercado, fazendo música que atinge as massas", diz. "Então muita gente tem a impressão que não consegue escapar da gente, que não consegue ir a qualquer lugar sem nos ouvir."

Se há quem odeie, é claro que há os defensores. Chris Martin, vocalista do Coldplay, saiu em defesa do grupo em 2008 (leia abaixo).

O que mantém o ânimo do grupo, além dos milhões de dólares na conta, é o apoio dos fãs. E o Brasil tem lugar de destaque nesse ponto.

"É impressionante o barulho que os brasileiros fazem nas redes sociais", brinca. "É uma pena a gente não ter ido ao país antes, mas vamos fazer a estreia em grande estilo."

O SHOW

Vir a um país pela primeira vez é assunto sério para a banda. Kroeger adiantou que vai pesquisar quais músicas do Nickelback fizeram mais sucesso no Brasil e tocar apenas hits no Rock in Rio.

Algumas canções, no entanto, são garantidas em quase todos os shows do grupo, caso de "How You Remind Me", que os alçou à categoria de superastros, em 2001, e a balada melosa "Photograph".

Também devem aparecer os singles do álbum "Here and Now", lançado em 2011, como "Bottoms Up" e "When We Stand Together".

"É um disco mais orgânico", explica o baixista. "Tiramos todo o excesso e tentamos manter as coisas de um jeito mais simples."

Mas continuam lá as inspirações do grupo, como a vida na estrada, bebedeiras eventuais e, é claro, o amor.

Amor que juntou, talvez por ironia do destino, o vocalista do Nickelback, Chad Kroeger, com outra rainha do "ame ou odeie", a eterna musa adolescente Avril Lavigne.


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