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Escandinávia na vanguarda

Com ingredientes locais e antes desvalorizados, nova geração de chefs dinamarqueses e suecos alcança o topo da gastronomia mundial

ALEXANDRA FORBES COLUNISTA DA FOLHA, NA DINAMARCA E NA SUÉCIA

Cozinhas que emplacaram globalmente podem ser condensadas em poucas imagens. O Japão é sushi; a Itália, pizza e pasta; os EUA, hambúrguer; a Índia, curry.

E os escandinavos comem o quê? Poucos sabem. Eles próprios, até há pouco, só achavam bacana cozinhar à francesa ou à italiana, relegando seus pratos regionais às refeições caseiras.

Foi preciso que um chef de enormes talento e carisma, René Redzepi, forçasse o pêndulo na direção oposta, recusando-se a trabalhar com importados e servindo no Noma, em Copenhague, ingredientes locais, muitas vezes selvagens ou artesanais.

Quando o restaurante atingiu o posto de melhor do mundo, no ranking promovido pela revista inglesa "Restaurant", Redzepi, de apenas 35 anos, tornou-se uma celebridade.

Em 2010, atraiu à região milhares de jornalistas e turistas gourmets, transformando a imagem da capital da Dinamarca.

Inspirada por seu sucesso, uma nova geração de chefs escandinavos ou formados no Noma vêm abrindo restaurantes excelentes, alçando a Escandinávia ao topo da lista de destinos gastronômicos mundiais.

Ao colocar em evidência ingredientes antes desvalorizados, como ovas de peixe, tubérculos e ervas selvagens, apresentados sem disfarces, Redzepi forjou uma nova linguagem que, quando não influencia, inspira outros chefs a se arriscar em empreitadas com estampa autoral.

Novidades como o Gaston e o Flying Elk, em Estocolmo, na Suécia, e o Amass, também em Copenhague, vão aquecer ainda mais suas cenas gastronômicas.

Já em Nova York e Londres, ex-cozinheiros do Noma semeiam o novo evangelho nórdico.

Em São Paulo, no entanto, é mais difícil replicar a moderna tendência, como identifica o crítico da Folha Josimar Melo.


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