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Outro lado

Política influiu em inquérito, diz prefeito de Santa Maria

DE PORTO ALEGRE COLABORAÇÃO PARA A FOLHA,
DE SANTA MARIA

O prefeito Cezar Schirmer (PMDB) disse que é "ridícula" a afirmação da Polícia Civil de que há indícios de responsabilidade dele no caso do incêndio da boate.

Em pronunciamento após a conclusão do inquérito, o prefeito atribuiu a atitude dos delegados a "disputa política" e questionou a isenção de órgãos do governo do Estado para apurar a tragédia.

Schirmer é um antigo adversário do grupo político do governador petista Tarso Genro, contra quem ele já chegou a concorrer em uma eleição municipal.

"Desde o começo desse inquérito não foram poucas pessoas que perguntaram como um órgão estadual pode investigar outro órgão estadual", disse.

SÓCIOS DA KISS

Os advogados dos sócios da boate criticam o critério usado para acusar alguns dos envolvidos de homicídio doloso (com intenção de matar ou quando se assume o risco) e os demais por culposo (sem intenção).

O advogado Jader Marques afirma que houve "covardia institucional" da Polícia Civil por atribuir a responsabilidade principal a "pessoas menores, que não têm cargos" políticos. Marques defende quatro pessoas da família sócia da boate -Elissandro Spohr, Angela Callegaro, Marlene Callegaro e Ricardo de Castro Pasche.

"Todas as pessoas que podiam atuar para evitar o resultado e não atuaram têm que ser responsabilizadas pelo mesmo tipo penal", disse.

O defensor afirma que há culpa do Ministério Público no caso. Antes do incêndio, a Promotoria questionou os ruídos gerados pela Kiss e pediu providências dos donos.

A defesa de outro sócio da boate, Mauro Hoffmann, voltou a afirmar que ele não tinha gerência sobre "questões burocráticas" e era apenas um "sócio-investidor".

Em nota, os advogados do empresário afirmaram que o inquérito tem "impropriedades de ordem técnica e lógica jurídica" que serão questionadas mais adiante. Também dizem que a manutenção da prisão de Hoffmann configura uma medida autoritária que afeta o "princípio da presunção da inocência".

A defesa de Luciano Bonilha Leão, produtor da banda Gurizada Fandangueira, afirmou que já esperava que o resultado da investigação fosse esse e disse que vai aguardar o Ministério Público.

O comando do Corpo de Bombeiros não se manifestou. Os demais indiciados não foram localizados.


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