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Rua dos Jardins vira 'inferno' dos moradores

Aumento de bares e restaurantes na região faz elevar reclamações sobre ruído e carros parados em locais proibidos

Estabelecimentos dizem ter tratamento acústico; CET afirma multar carros parados em local proibido

LUISA ALCANTARA E SILVA DE SÃO PAULO

A rua Padre João Manuel, no Jardim Paulista (zona oeste de São Paulo), que sempre foi uma via tranquila, começou a mudar de perfil há dois anos, quando bares e restaurantes começaram a pulular nos 400 metros finais da via, entre a alameda Lorena e a rua Estados Unidos.

E, desde então, não parou mais: só de setembro para cá, mais duas casas abriram naqueles três quarteirões. E um outro bar deve ser inaugurado nos próximos meses.

Agora, durante o dia, é normal ver carros parados na fila dupla à espera de manobrista. À noite, além do trânsito causado pelos valets, há outro problema, de acordo com os vizinhos: o barulho.

Os moradores da rua estão em polvorosa. Os dos prédios entre a Lorena e rua Oscar Freire levaram, no mês passado, um abaixo-assinado ao Ministério Público. Nele, reclamam especificamente do Bistrot Bagatelle (número 950). Aberto em novembro, vira balada quando anoitece.

"Morei neste quarteirão a vida inteira", diz a personal trainer Patrícia Maroni, 34. "Nos últimos meses, minhas noites viraram um inferno."

Já entre os prédios do último quarteirão, as queixas se voltam ao Brasserie des Arts (1.231). "Fica um barulho de meninada falando, rindo alto, até umas 2h", diz a dona de casa Claudete Giusti.

Segundo um vizinho dela, que não quis se identificar, os moradores precisam ser mais ativos. Ele já pensou em ir à Justiça com outros moradores, mas diz que a ideia não vingou por falta de articulação.

Sobre o problema do barulho, eles acabam recorrendo ao Psiu, "mas não resolve nada", diz Claudete. O órgão, que no último ano recebeu 30 reclamações ligadas a três casas, diz ter realizado seis ações na via nesse período.

O Dalva e Dito (1.115), por exemplo, foi multado. Este é alvo de queixas no sábado à noite, quando é servida uma galinhada regada a samba.

Procurados, os estabelecimentos dizem ter tratamento acústico. "Já o barulho dos clientes conversando na calçada não temos o que fazer, porque é a Lei Antifumo", diz Luigi Cardoso, sócio do Brown Sugar e do Brasserie.

Sobre a fila dupla, a CET, que aplicou 600 multas por estacionamento irregular na via em 2012, disse que intensificará a fiscalização.


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