Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Cotidiano

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Renzo Rossi (1925-2013)

Padre que ajudou presos políticos

CLARA VELASCO COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Em 1970, a pedido da mãe de um conterrâneo que era da igreja e estava preso, o padre italiano Renzo Rossi visitou o presídio Tiradentes, em São Paulo. O que era para ser uma mera visita a um amigo mudou a vida do religioso.

Impressionado com a prisão, passou a dedicar sua estadia no Brasil a ajudar presos políticos e seus familiares.

Nascido em Florença, Rossi se mudou para Salvador (BA) em 1965, em uma missão religiosa. Desde jovem, tinha vontade de levar os ensinamento cristãos a lugares pobres do mundo, como conta Emiliano José, autor do livro "As Asas Invisíveis de Padre Renzo" e professor aposentado de jornalismo da UFBA.

Na capital baiana, integrou-se ao movimento de esquerda, mas só entrou na luta contra a ditadura após visitar o presídio Tiradentes.

Depois do episódio, apesar de poucos recursos, viajou pelo país de ônibus com o objetivo de ajudar os presos. Passou por 14 prisões arrecadando dinheiro para contratar advogados e para sustentas os familiares dos detidos.

Em 1997, sofrendo de problemas cardíacos, voltou à sua cidade natal. A saúde não o impedia de andar de bicicleta e viajar. No convento em que morava em Florença, mantinha um mapa indicando os lugares que já visitara.

Era muito extrovertido e gesticulava enquanto falava -tinha a mania de cumprimentar os amigos com tapas, mas carinhosamente. Não se preocupava com a aparência e só usava roupas simples.

Diagnosticado com câncer de pâncreas, morreu no início da manhã do último dia 25, em Florença, aos 87 anos. Deixa dois irmãos.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página