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Confusão marca início de zona sem carros em SP

Restrição ocorre em Santo Amaro nos picos

ANDRÉ MONTEIRO DE SÃO PAULO

Foi confusa a estreia da primeira zona livre de carros implantada pela gestão de Fernando Haddad (PT) em São Paulo, na região de Santo Amaro, na zona sul.

Ontem foi o primeiro dia útil em que valeram as restrições a automóveis em ruas próximas ao largo 13 de Maio nos picos da manhã e da tarde. A medida também vale aos sábados, mas não se aplica aos táxis e motocicletas.

Segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), as restrições têm como objetivo melhorar o desempenho dos ônibus na região -eles andavam a 5 km/h no trecho, já prejudicado por interdições causadas por obras do metrô.

Apesar de placas indicarem as restrições, muitos motoristas não respeitaram e só mudaram o caminho quando alertados pelos estridentes apitos dos marronzinhos.

Alguns disseram não ter entendido as placas, que exibem um carro com uma faixa vermelha atravessada.

"Eu vi, mas não imaginei que os carros eram proibidos. Nunca vi um negócio desse", disse William, que entrou na área restrita e não quis informar o sobrenome.

Dúvidas como a dele causaram um nó no trânsito ontem. Enquanto alguns paravam seus carros para perguntar aos agentes por que não podiam seguir, ônibus ficavam parados e outros motoristas aproveitavam a conversa dos marronzinhos para invadir a área proibida.

Apesar disso, ninguém foi multado. A CET diz que a primeira semana será de orientação. Depois, a infração renderá multa de R$ 85 e quatro pontos na carteira.

PRESOS

Comerciantes da região também mostraram surpresa e pedem que seja feito um cadastro para que possam entrar na área.

"Tenho 30 clientes que chegam antes das 10h e já me disseram que vão sair. Pago meus impostos em dia e me fazem uma coisa dessas", diz Placino Carvalho, dono de um estacionamento na rua Paulo Eiró. Ele diz que só a saída dos mensalistas pode resultar em rombo de R$ 5.100.

Outros, que têm garagem própria, dizem que ficaram presos. "Costumo sair às 18h30, agora vou ter que esperar até as 20h? Isso é um absurdo", desabafou Marco Antônio de Sá, dono de uma clínica na Barão do Rio Branco.

A CET informou que "irá manter o diálogo e receber comerciantes e moradores da região para discutir as excepcionalidades às restrições".


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