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Haddad recua e quer parceria para contratar mais médicos

Antes contra ampliar convênios, prefeito diz agora que é a 'única alternativa' para deficit

Medida está em estudo e deve ser adotada até a reestruturação do plano de carreira dos médicos da rede ficar pronta

EVANDRO SPINELLI TALITA BEDINELLI DE SÃO PAULO

A ampliação de convênios com entidades privadas, negada por Fernando Haddad (PT) durante a campanha eleitoral no ano passado, tornou-se agora a "única alternativa", segundo o prefeito, para resolver o problema da falta de médicos na rede de saúde de São Paulo.

A afirmação foi feita por Haddad ontem, após visita a um ambulatório de especialidades em Pirituba, na zona norte. Ele foi abordado por moradores que reclamavam da falta de médicos no local.

Haddad disse estudar a contratação de médicos para as unidades que a prefeitura ainda administra por meio das entidades, que podem pagar um salário melhor.

"Se a gente não resolver [o problema de falta de médicos] pela ampliação dos convênios, eu temo que nós não consigamos reter o profissional na rede de saúde", disse.

Segundo ele, a medida está sendo estudada juridicamente e deve ser adotada até a reestruturação do plano de carreira dos médicos ficar pronta -deve ser enviada à Câmara no segundo semestre.

Hoje, o salário-base de um médico contratado pela prefeitura é de R$ 2.500 (para 20 horas semanais). Há entidades que pagam até R$ 4.022 por 12 horas semanais. As parceiras gerenciam 60% dos serviços de saúde atualmente.

POLÊMICA

Contratar OSs (Organizações Sociais) ligadas a hospitais como Albert Einstein e Santa Marcelina, por exemplo, foi a principal ação da gestão Gilberto Kassab (PSD) para a área da saúde. Kassab, no entanto, enfrentou críticas por falta de transparência e de controle dos contratos.

A polêmica em torno do futuro das OSs dominou o final da campanha eleitoral no ano passado. Em seu plano de governo, Haddad afirmava que a prefeitura deveria retomar a "direção pública" da gestão do sistema de saúde.

Atacado na campanha eleitoral por José Serra (PSDB), que dizia que Haddad queria acabar com as parcerias, o petista afirmou que manteria as OSs que estivessem funcionando bem, mas que não pretendia ampliá-las. Também disse que sua intenção era fazer concurso público para os cargos que elas administram.

Quando apresentou o secretário de Saúde, José de Filippi Júnior, ele criticou a forma como as OSs remuneram médicos -cada uma decide o salário que paga-, criando concorrência entre elas, o que, para ele, era prejudicial.


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