Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria
Suspeitos de atacar turista no Rio são reconhecidos
Cinco testemunhas apontam dupla presa no fim de semana como responsável
Brasileira diz à polícia que, assim como turista americana, também foi estuprada; um terceiro homem foi preso ontem
Dois suspeitos de estuprar uma turista norte-americana no último sábado no Rio foram reconhecidos por outras cinco possíveis vítimas. Ontem à noite, o terceiro suspeito foi preso em Itaboraí, na região metropolitana.
Carlos Armando Costa dos Santos, 21, confessou participação no crime, segundo a Deat (Delegacia de Atendimento ao Turista). Jonathan Foudakis de Souza, 20, e Wallace Aparecido Souza Silva, 22, os outros dois suspeitos, foram presos no fim de semana.
A norte-americana sofreu fratura no nariz ao ser agredida por socos. O namorado dela sofreu uma fissura na face e hematomas no olho. Além de murros, ele foi agredido com uma chave de roda.
O casal embarcou em uma van no bairro de Copacabana na madrugada de sábado. No meio do caminho, foram assaltados e espancados.
Ontem, outras cinco vítimas acusaram dois dos suspeitos de novos crimes.
A dinâmica de todos os casos foi semelhante: as vítimas afirmam que entraram na van como passageiros e acabaram sendo assaltados.
Uma destas vítimas, brasileira, afirma também ter sido vítima de violência sexual.
Ela disse à polícia que, no dia 23 de março, entrou numa van com um amigo, também em Copacabana. Ele foi roubado, agredido e liberado, com os demais passageiros, na avenida Brasil. Ela ficou sozinha com os criminosos, que a teriam estuprado.
EXONERAÇÃO
A chefe de Polícia Civil, Martha Rocha, exonerou a delegada Marta Domingues, responsável pelo caso da brasileira, por entender que não foram tomados os procedimentos necessários para a investigação.
Também foi retirada do cargo de diretora do IML de Niterói Martha Pereira, por demora no atendimento à jovem.
"A delegada Martha Rocha pede desculpas pela prestação de serviços e lamenta que a gestão dos dois órgãos envolvidos estivessem sob a responsabilidade de mulheres, justamente as que deveriam ser mais sensíveis em episódios como este", de acordo com a nota da Polícia Civil.
A delegada exonerada afirmou que "tudo foi feito" para apurar o caso. Ela afirma que buscava imagens nas localidades pelas quais a van passou para tentar confirmar a identidade dos bandidos. A diretora do IML não foi localizada.
Jonathan e Wallace negam o crime contra a brasileira. Jonathan assumiu, segundo agentes, a participação no crime contra a turista.
Wallace nega estar envolvido em ambos os casos. Ontem, eles não falaram na delegacia e não têm advogados constituídos.