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Ônibus cai de viaduto e mata sete no Rio

Briga entre um passageiro e o motorista pode ter provocado o acidente; veículo despencou de uma altura de 10 m

Testemunhas dizem que universitário chutou motorista durante discussão e fugiu, ileso, após queda

DO RIO

Sete pessoas morreram ontem à tarde na queda de um ônibus de um viaduto na avenida Brasil, principal via de acesso ao Rio de Janeiro.

Nove outras se feriram, algumas com traumas em diversas partes do corpo.

Uma briga entre um passageiro e o motorista pode ter provocado o acidente.

Duas testemunhas ouvidas pelo delegado José Pedro Costa da Silva contaram que um passageiro, aluno da UFRJ, reclamou que o motorista seguia em alta velocidade -o ônibus passa pelo campus da universidade e entre os passageiros estariam alunos que voltavam de um trote.

Os dois discutiram e o passageiro teria atingido o motorista com um chute, fazendo com que ele perdesse o controle do veículo. O estudante, segundo duas testemunhas, sofreu ferimentos leves e fugiu após o acidente.

Já o motorista André Luís da Silva Oliveira, que teve fratura de fêmur e traumatismo craniano, disse ao delegado ter sido atingido por outro carro. Mas, segundo Costa da Silva, o motorista parecia muito confuso. "Por isso, por enquanto, não vou considerar o que ele disse como um depoimento", afirmou.

O veículo caiu de uma altura de cerca de dez metros do viaduto Brigadeiro Trompowski -que liga a Ilha do Governador à avenida Brasil- e ficou de cabeça para baixo.

Operários de uma obra da prefeitura foram os primeiros a socorrer as vítimas.

"O pessoal da obra apareceu com uma máquina escavadeira para tentar ajudar", contou Julio Cesar Monteiro Neves, vendedor de uma madeireira a 50 metros do local.

Os feridos foram levados para cinco hospitais diferentes. Além dos nove acidentados, Maria José da Silva, 57, passou mal ao ver a cena.

"Ela desmaiou ao ver o ônibus cair", disse seu filho.

Os nomes dos mortos -cinco homens e duas mulheres- não foram divulgados até a conclusão desta edição.

O site da Secretaria Municipal de Transporte do Rio registra, desde janeiro de 2012, 17 multas contra o veículo, cinco delas por excesso de velocidade e duas por avanço de sinal vermelho.

A empresa Paranapuan, responsável pelo veículo, disse que o ônibus tinha GPS, câmera e tacógrafo -equipamento que monitora a velocidade. De acordo com a polícia, apenas parte da câmera foi encontrada e ainda não se sabe se será possível recuperar as imagens.

Segundo a Fetranspor, entidade que reúne empresas de ônibus do Rio, o motorista era "antigo na casa e sem retrospecto de acidentes".

A avenida Brasil ficou fechada por cerca de 45 minutos para o resgate, feito com auxílio de helicópteros. A região teve grande congestionamento.


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