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Placas em condomínio dão sinais de alerta sobre contaminação

ENVIADO ESPECIAL A VOLTA REDONDA

Moradores do Volta Grande 4 estavam assustados ontem com as notícias sobre a contaminação do terreno -que receberam pela imprensa, e não pelo Estado.

Mas placas espalhadas pelas ruas do condomínio (formado por casas de classe média) já davam alguns alertas à população do local -estimada em 2.200 habitantes.

Uma delas informa que o solo tem "restrição de uso", com "potencial risco à saúde" caso seja usado para "cultivo de vegetais" ou se faça "uso de água de poço".

As placas foram fixadas pela CSN há mais de um ano, segundo moradores.

Eles pedem para não serem identificados por serem funcionários ou ex-funcionários da siderúrgica, mas dizem que em 2000 duas casas do condomínio foram demolidas por estarem sobre um antigo depósito de ascarel, produto cancerígeno.

Na área foi construído um campo de futebol onde crianças costumam brincar.

A professora de história Cenilda Pereira Brasil, 41, credita um aborto que sofreu há alguns anos e os problemas respiratórios do filho à contaminação do solo.

Segundo ela, em reunião entre moradores e representantes do Ministério Público, algumas mulheres relataram abortos, mas não foi provado vínculo com a contaminação.

Apesar de a área ter sido doada pela CSN, os moradores pagaram pela construção das casas financiada pela Caixa Econômica Federal.

"Enquanto ninguém passa mal, vou ficando", disse um funcionário aposentado, que pagou R$ 20 mil em 1999 pelo imóvel avaliado hoje em R$ 100 mil.


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