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Cotidiano

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Julgamento foi dividido em quatro partes

DE SÃO PAULO

O longo processo do Massacre do Carandiru, composto por 57 volumes, 111 apensos, 84 réus e 111 vítimas, teve que ser desmembrado em quatro júris diferentes.

A forma encontrada pela Promotoria na denúncia para imputar a responsabilidade exata a cada réu foi dividir os policiais em grupos, de acordo com os andares em que eles atuaram no dia.

No térreo do Pavilhão 9 não houve detentos mortos.

No primeiro andar, 15 detentos morreram. Segundo o Ministério Público, por culpa de 29 policiais da Rota (três já morreram e 26 serão julgados). A Rota foi, justamente, a corporação responsável pelo maior número de vítimas do Massacre: no segundo andar, 73 presos foram assassinados. Lá, agiram 28 PMs.

No terceiro andar oito detentos foram mortos pelo COE (Comando de Operações Especiais), diz a Promotoria. No quarto e último piso, onde entraram PMs do Gate (Grupo de Ações Táticas especiais), 15 presos perderam as vidas.

Nenhum policial foi morto ou ferido a bala naquele dia.

Entre um julgamento e outro, está programado um intervalo de dois meses e meio a três meses, explica o juiz do caso, José Augusto Marzagão.

Segundo o juiz, o tempo é necessário para que os promotores do caso e a advogada possam se preparar. Juiz, promotores e advogada serão os mesmos nos quatro júris.

Os julgamentos demoraram para andar no Judiciário, diz a professora Maíra Rocha Machado, da Escola de Direito da FGV, que pesquisou a responsabilização do caso. "Foram dois anos esperando a publicação de um acórdão."


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