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Cotidiano

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Para analistas, iniciativa é controversa

DE SÃO PAULO

Não há consenso entre especialistas sobre o bônus dado pela Gol.

Entre os críticos, um exemplo recorrente foi o de um piloto que decida não arremeter (abortar o pouso) quando preciso --ao levar em conta a economia em vez da segurança.

"Os comandantes são pessoas maduras e não acredito que, em troca de alguns centavos, alguém deixe a segurança de voo de lado e não arremeta quando necessário", disse Jorge Kersul Filho, ex-chefe do Cenipa (órgão da Aeronáutica responsável por apurar acidentes aéreos).

Consultor de segurança de voo e também ex-membro do Cenipa, Roberto Peterka discorda. "O bônus dessa forma pode ser incentivo à indisciplina. O ideal é separar a segurança de voo do aspecto financeiro." A opinião é compartilhada por Carlos Camacho, diretor de segurança de voo do Sindicato Nacional dos Aeronautas.

"O pagamento a pilotos por economia de combustível foi tentado nos EUA alguns anos atrás. Há definitivamente implicações à segurança de voo porque alguns pilotos levam o avião ao extremo", disse o piloto aposentado John Cox, membro da Sociedade Internacional de Investigadores de Segurança Aérea e CEO de uma consultoria de segurança de voo.

Quando as empresas decidem adotar medidas de economia que envolvem pilotos, diz, treinamento constante é essencial.

COMUNS

Professor da Universidade do Sul da Califórnia na área e consultor de aviação, Douglas Moss diz que as os métodos da Gol para reduzir combustível (rotas mais diretas, desligar um dos motores durante o taxiamento) são adotados e bem aceitos pela indústria.

Sobre o bônus, ele não vê problemas quando se trata de algo coletivo, como no caso da Gol. Arriscado seria, diz, premiar pelo desempenho individual ou punir quem não poupe.


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