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SP tem menor aprovação na OAB desde 2005

DO "AGORA"

Os estudantes de direito de São Paulo tiveram um dos piores desempenhos da história no exame da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).

O índice de aprovação no exame realizado em fevereiro foi de 7,6%, o pior desempenho do Estado desde maio de 2005, quando 7,15% dos candidatos foram aprovados.

O percentual corresponde a menos de 1.800 candidatos aprovados dentre os mais de 23 mil que fizeram a prova.

O índice de aprovação de São Paulo nesse último exame também ficou abaixo da média nacional (10,6%).

De acordo com o presidente da Comissão de Graduação da Faculdade de Direito da USP, Heleno Torres, muitos cursos de baixa qualidade foram abertos nos últimos anos, por isso o resultado tem sido tão ruim.

"São Paulo tem praticamente um terço de todos os candidatos ao exame da OAB. Isso inclui os melhores cursos do país, mas também muitos ruins", diz.

Para o presidente da Comissão do Exame de Ordem da OAB, Edson Cosac, grande parte das notas baixas vem dos cursos particulares. "Entre as públicas, o índice de aprovação é de 75%."

Fernanda Lemos, aluna do último semestre da Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo, diz que, com outros 900 alunos, foi aprovada após a revisão de uma questão da prova de direito constitucional. "A questão estava claramente errada."

A Abmes, Associação Brasileira de Mantenedoras do Ensino Superior, que representa as faculdades privadas, rebateu a crítica de que as instituições privadas estariam puxando o índice de aprovação na OAB para baixo.

"Todo curso tem que ser liberado pelo MEC para poder funcionar. E, além disso, quando se abre uma faculdade de direito, uma comissão da OAB vai até o local vistoriar", afirmou o diretor executivo da associação, Sólon Caldas. "Se a qualidade dos cursos está ruim, então por que não foram barrados pelo governo e pela Ordem, inicialmente?", completou.

Segundo ele, o conteúdo das aulas que são ministradas nas faculdades é definido pelo Ministério da Educação e nem sempre se adequa ao que a OAB cobra nos exames.


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