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Falta de material atrasa radiografias em AMAs

Prefeitura afirma que 'questões jurídicas' prejudicaram licitação; pacientes se queixam

FERNANDA BARBOSA FABIANA CAMBRICOLI DO "AGORA"

A falta de material para fazer radiografias suspendeu os exames de raios-X AMAs (Assistência Médica Ambulatorial) da capital paulista.

O problema foi identificado pela reportagem em pelo menos 18 das mais de 200 AMAs, uma das portas de entrada do atendimento na rede municipal de saúde.

A Secretaria Municipal da Saúde confirma a falta do material, mas não o número de unidades afetadas. Segundo a pasta, "questões jurídicas" atrasaram a conclusão da licitação para a compra de reveladores, prevista para o início deste mês, e a situação nas AMAs deverá ser normalizada na próxima semana.

Em alguns casos, como o das AMAs Lauzane Paulista e Perus (ambas na zona norte), o exame não é realizado há cerca de um mês. Segundo a secretaria, há estoque de filmes e fixadores, mas a falta de reveladores impede a realização das radiografias.

A pasta informou ainda que as AMAs são orientadas a encaminhar os pacientes que necessitem do exame a hospitais municipais.

Ontem, os pacientes da AMA Elísio Teixeira Leite, no Jaraguá (zona norte), com pedido médico de radiografia tinham que caminhar 300 metros até o Hospital Geral de Taipas para fazer o exame. Depois, voltavam à AMA para finalizar o atendimento.

A demora para uma consulta, potencializada pelas idas e vindas de pacientes, chegava a três horas.

"Não é certo ter de andar com a criança com febre no colo, debaixo do sol quente", afirmou a auxiliar de limpeza Ivonete da Silva, 28, depois de sair da AMA Elísio Teixeira Leite e caminhar até o hospital de Taipas para conseguir um exame para o filho Pablo Henrique, 1.

Ela diz que chegou ao local às 10h30 de ontem, com a criança com o "peito cheio" e tosse. Quase três horas depois, após passar em consulta com o médico e ter a radiografia indicada para o garoto, ela chegou ao hospital. "Dar essa volta é muito ruim, e atrasa o atendimento."

Diversos pacientes fizeram o mesmo caminho ontem. A balconista Alice Pereira, 36, buscava uma radiografia do próprio tórax após ter sentido falta de ar.

"Isso é um abuso. Eu ainda tenho de voltar para o serviço", disse a balconista.

MERCADO

Uma película de filme para fazer exames de raios-X, conhecidos como "chapa", custa até R$ 3, segundo Abelardo Raimundo de Souza, diretor do Conselho Nacional de Técnicos em Radiologia. Esse preço se refere ao exemplar grande --para coluna vertebral ou perna de adulto.

Película menor, usada para crianças ou regiões menores do corpo, custa cerca de R$ 1, segundo Souza. "Não falta material no mercado, há várias empresas", disse.


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