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Meu neto de 2 anos contou os tiros, diz Afif

Impressionado com detalhes do crime narrados por criança, vice de Alckmin diz defender plano de tolerância zero

Segundo ele, é a quinta vez em quatro anos que ele ou pessoas próximas são vítimas de violência em SP

DANIELA LIMA DE SÃO PAULO

"O cara mau de boné azul tirou a arma e fez assim: pá, pá, pá". Segundo o vice-governador de São Paulo, Guilherme Afif Domingos (PSD), foi assim que seu neto de dois anos narrou a tentativa de assalto ocorrida ontem. Após os disparos, dois tiros atingiram o carro de sua mãe.

"Ele só tem dois anos, mas viu tudo e narra com detalhes", disse Afif à Folha.

Afif disse que é a quinta vez em quatro anos que ele ou pessoas próximas são vítimas de violência em São Paulo. Ele apontou a insegurança como um problema "epidêmico" e defendeu uma política de "tolerância zero".

Apesar de Afif ser vice de Geraldo Alckmin (PSDB), a política os afastou. Fundador do PSD, partido do ex-prefeito Gilberto Kassab, Afif deverá deixar o cargo para assumir um ministério no governo Dilma Rousseff (PT).

Ele afirmou ter recebido de Alckmin ontem um telefonema de solidariedade.

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Como foi a abordagem?
Minha filha estava levando meu neto para a escola e eles [assaltantes] entraram na frente do carro. Ela não parou. Agora é assim: quando desrespeita a ordem, eles atiram. O carro era blindado. Várias câmeras filmaram assaltos naquela região. O esquema é o mesmo.

É a primeira vez que algo assim acontece?
É a quinta vez que eu ou pessoas próximas a mim somos vítimas de violência, em quatro anos. Houve um assalto na minha casa, oito caras armados. Eu era secretário do [ex-governador José] Serra.

E os outros episódios?
Um arrastão, depois um assalto no semáforo. No fim do ano passado, meu ajudante de ordem tomou um tiro de raspão na cabeça quando o motorista o deixou em casa. Ele [policial] trocou tiros com o cara. Eu já era vice-governador. Isso demonstra que o problema não é mais endêmico, é uma epidemia. Há uma epidemia de insegurança.

Sua família pretende falar sobre o assunto?
Não, a pessoa pública sou eu. Não faz sentido também porque não é só com minha família. A violência tornou-se absolutamente corriqueira na vida de toda a população.

O sr. fala em epidemia'. O que defende para controlar?
Um plano de tolerância zero ao crime, bem organizado.

Como seria?
Não sei, mas é preciso.

Como está a sua filha?
Está bem. O impressionante é meu neto, que viu tudo. Tem dois anos de idade.


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