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PMs são suspeitos de participar de ataques em Osasco e Carapicuíba
Força-tarefa diz que já identificou um suspeito dos crimes
A força-tarefa de 12 delegados da Polícia Civil criada para investigar o assassinato de quatro pessoas em Osasco e Carapicuíba, na Grande São Paulo, entre quarta e quinta-feira, suspeita que policiais militares estejam envolvidos nos crimes.
Uma das hipóteses é que PMs participem de um grupo de extermínio.
A Secretaria da Segurança Pública disse que essa não é a única suspeita. Segundo a pasta, tudo indica que os ataques que também deixaram sete feridos tenham ligação. Detalhes sobre os suspeitos não foram divulgados para não prejudicar as investigações da polícia.
Quatro delegados ouvidos pela Folha disseram que as outras hipóteses para os crimes são briga entre traficantes, que querem atrair a polícia para a área de seus rivais, ou vingança. Essa última é a menos provável, segundo os policiais.
Ao menos um suspeito foi identificado. Os delegados esperam prendê-lo até o início da próxima semana. Nenhuma das 11 pessoas baleadas nos ataques tinha antecedentes criminais.
INCÊNDIOS
Segundo o depoimento do cobrador e do motorista do ônibus incendiado em Carapicuíba, três homens encapuzados entraram no veículo e pediram para que os cerca de 50 passageiros descessem. Eles faziam gestos como se estivessem armados.
Quando o coletivo ficou vazio, eles jogaram gasolina, atearam fogo e fugiram.
CRIMES
Na noite de quarta, quatro pessoas foram baleadas em um ataque em Osasco. Diego Denílson Câmara de Lira, 18, não resistiu aos ferimentos e morreu. Segundo a PM, as vítimas estavam em um bar quando foram abordadas por bandidos num Vectra prata, que dispararam contra eles.
Ainda de acordo com a polícia, Diego era procurado por tráfico de drogas.
A 10 km dali, após dez minutos, dois crimes foram registrados em Carapicuíba. Sete pessoas foram baleadas por pessoas que estavam num carro prata, de acordo com o depoimento de testemunhas.
Cinco delas estavam em frente a um bar na hora do crime. Uma pessoa morreu no local e outra a caminho do hospital. Outras três ficaram feridas e foram levadas a prontos-socorros da região.
Ainda em Carapicuíba, a um quilômetro da última ocorrência, outras duas pessoas foram baleadas e uma delas morreu.
