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Em votação relâmpago, Câmara aprova novos cargos

Projeto chegou às mãos dos vereadores na terça

GIBA BERGAMIM JR. DE SÃO PAULO

A Câmara Municipal de São Paulo aprovou ontem o projeto do prefeito Fernando Haddad (PT) que cria 348 cargos para a formação de novas secretarias na cidade e deve gerar gastos extras de cerca de R$ 24 milhões por ano.

A votação, em primeira discussão, ocorreu menos de 48 horas após a entrega do documento, de cerca de 900 páginas. Para analisá-lo no período, seria preciso que um vereador tivesse lido 18 páginas por hora, sem dormir.

O custo extra ocorrerá mesmo com a extinção de outros 596 postos. Os cargos incluem os de secretário (salário de R$ 20 mil) e chefe de gabinete (R$ 17,5 mil).

Eles serão agrupados nas pastas de Igualdade Racial, Política para as Mulheres, Controladoria, Licenciamento, Relações Governamentais e Relações Internacionais e Federativas, além da Subprefeitura de Sapopemba (zona leste), recém-criada.

Enviado em regime de urgência, a reforma administrativa foi aprovada após passar pelas comissões da Casa em conjunto, no decorrer da sessão de ontem.

O texto foi enviado pelo Executivo à Câmara na segunda-feira com a justificativa de adequar a gestão ao plano de governo. Os vereadores só receberam cópia do projeto na tarde de terça-feira.

RELÂMPAGO

A rapidez na votação gerou debates acalorados no plenário. "Alguém aqui leu alguma dessas 900 páginas? Vamos aprovar algo enorme sem saber direito o que é", disse Gilberto Natalini (PV).

Relator do projeto, Laercio Benko (PHS) rebateu. "O texto que justifica o projeto tem 30 e poucas páginas. O restante é só planilha", disse.

Os tucanos criticaram a redução de exigência profissional em 67 postos. Cargos de chefia que antes exigiam título universitário passaram a não ter exigência mínima. "Baixaram a exigência para que o PT acomode a companheirada", disse o vereador tucano Andrea Matarazzo.

"Isso é discurso ultrapassado do PSDB. O Brasil teve seu melhor presidente, Lula, que não tem curso superior", afirmou Paulo Fiorilo (PT).

Uma emenda do vereador José Police Neto (PSD), que prevê comissões com participação de moradores em todos os distritos da cidade, foi aceita pelos vereadores.

Além da reforma administrativa, foi aprovado o projeto que redistribui bolsas a médicos residentes para atuar em unidades municipais.


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