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Convênio vai ampliar combate ao crack em SP
Cinco ambulâncias e 11 Caps acolherão viciados
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), firmaram ontem convênio para a criação até o final do ano de cinco novos Caps (Centro de Atenção Psicossocial) 24 horas para atender viciados em crack.
Com isso, serão 11 unidades do gênero (em tempo integral e dirigido a esse público) --seis delas já funcionam na capital. Além disso, cinco ambulâncias do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) serão destinadas especialmente ao socorro de dependentes químicos.
Até o fim de 2014, a meta dos governos estadual e municipal é que 31 Caps dessa rede funcionem o dia todo. O anúncio integra programa conjunto de combate ao crack na cidade. É a primeira vez que o prefeito assume compromisso público com o governador sobre o tema.
Há três meses, o Estado criou, em parceria com a Justiça, Ministério Público, OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e Defensoria Pública, um plantão judiciário para agilizar internações de dependentes químicos.
O plantão ocorre no Cratod (Centro de Referência em Álcool, Tabaco e outras Drogas do Estado), unidade nas proximidades da cracolândia, na região central da cidade.
Na ocasião, o prefeito não se mostrou favorável, pois havia o temor que ocorressem internações compulsórias (contra a vontade do usuário) em massa, o que não ocorreu.
Esse tipo de internação é possível com base em uma determinação de um juiz, com aval de psiquiatras.
Segundo juízes que atuam no Cratod, o plantão começou a sobrecarregar o atendimento nos Caps. Os magistrados apontaram demora para liberação de leitos psiquiátricos e falta de ambulância para suprir a demanda das ações que envolvem esse público.
Segundo o secretário estadual de Saúde, Giovanni Cerri, o Estado terá cem leitos à disposição dos Caps em hospitais da Grande São Paulo mais próximos da capital.
"Houve maior procura dos dependentes e de suas famílias. Isso mostrou que há necessidade de trabalhar em sintonia", disse Cerri.