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Carlos José de Arruda Botelho (1941-2013)

Bisneto de conde e homem do mato

ESTÊVÃO BERTONI DE SÃO PAULO

Fora o período que passou em Santa Mônica (PR), esperando a casa em que moraria ficar pronta, Carlos José de Arruda Botelho praticamente não viveu em cidade. Era "homem do mato", apaixonado por bichos e pela natureza.

Nascido em São Paulo, cresceu em Jaú (SP), onde foi criado na fazenda Santo Antônio dos Ipês, um pedaço de terra adquirido por seu bisavô no século 19. Carlos era bisneto de Antonio Carlos de Arruda Botelho (1827-1901), o Conde do Pinhal, fundador da cidade de São Carlos (SP).

Único homem entre os oito filhos de um fazendeiro e de uma dona de casa, aos dez anos foi enviado a um colégio interno de Rio Claro (SP). Na juventude, estudou agronomia em Lavras (MG).

Desbravou terras no Paraná e no Mato Grosso, onde abriu fazendas, como lembra a irmã Maria Cecy, pedagoga.

De volta a Jaú, construiu na fazenda da família uma casa para morar, ao lado da sede, que data de 1905. O local produz café, cana e milho. Carlos plantava ainda frutas, que vendia no município. Da fazenda à igreja matriz, no centro de Jaú, são apenas 3 km. A porteira dá no asfalto da cidade, como conta a irmã.

Simples e tranquilo, andava sempre de bota e chapéu. Quando se arrumava, brincava: "Agora estou com roupa de cidade". Em Jaú, ia todas as noites ao centro espírita que dirigia há mais de 20 anos.

Adorava passarinhos, que observava no jardim de casa, onde mantinha comedouros.

Morreu ontem, aos 72, em decorrência de uma leucemia. Separado, deixa três filhos e oito netos. O enterro será hoje, às 15h, no cemitério da Consolação, em São Paulo.


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