Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Cotidiano

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

O texto abaixo contém um Erramos, clique aqui para conferir a correção na versão eletrônica da Folha de S.Paulo.

Mortes

PAULO WERNECK EDITOR DA “ILUSTRÍSSIMA”

DAVID RYBAK - Aos 87, casado com Stella Rybak. Deixa filhos e netos. Cemitério Israelita do Embu.

7º DIA

MARIA DE LOURDES BRITTO ABREU - Hoje, às 10h30, na igreja D. Bosco, r. Cerro Corá, 2.101, Alto da Lapa.

30º DIA

JOSÉ PINTOS OTERO (PEPE) - Amanhã, às 20h, na Basílica N. Sra. do Carmo, r. Martiniano de Carvalho, 114, Bela Vista.

RUY PEREIRA DE QUEIROZ - Amanhã, às 17h, na capelinha S. Pedro. S. Paulo, r. Pe. José Griecco, 111, Cidade Jardim.

4º ANO

DIVA DE OLIVEIRA BRESSER - Amanhã, às 19h30, na igreja S. José do Belém, lgo. S. José do Belém, Belém.

IDALINA SINÉSIO DA LUZ (LOLOTA) - Amanhã, às 19h30, na igreja S. José do Belém, lgo. S. José do Belém,

Belém.

LEILA DA LUZ BARROSO - Amanhã, às 19h30, na igreja S. José do Belém, lgo. S. José do Belém, Belém.

6º ANO

CARLOS AUGUSTO BRESSER NETO - Amanhã, às 19h30, na igreja S. José do Belém, lgo. S. José do Belém,

Belém.

IN MEMORIAM

ANTONIETA CASSANO TEIXEIRA DA SILVA - Hoje, às 12h, na igreja N. Sra. do Brasil, pça. N. Sra. do Brasil, 1, Jd. América.

DIRCE MASSOLA GUIDONI - Hoje, às 12h, na igreja N. Sra. do Brasil, pça. N. Sra. do Brasil, 1, Jd. América.

ZILÁ OLIVEIRA - Hoje, às 10h, na igreja Catedral Basílica de N. Sra. da Luz, pça. Tiradentes, S/Nº, centro, Curitiba (PR).

maria helena arrigucci (1938-20013)

Amava literatura e 'fitas de máfia'

"Você gosta de 'O Poderoso Chefão', Lena?", perguntou certa vez a amiga Ana Lima Cecilio a Maria Helena Arrigucci. "Não é que eu gosto: eu concordo", cravou Lena, reafirmando sua paixão por "fitas" italianas ou de máfia.

O gosto pela leitura veio da mãe, Anita, e do irmão, o crítico literário Davi Arrigucci Jr. Viúva do aviador Osvaldo Simon, Lena não teve filhos.

Desbocada e boêmia, de sua São João da Boa Vista (SP) trouxe o arsenal de expressões que deliciava os amigos: "fulano não articula 'bom' com 'dia'", "suei no bigode", "onde passa o peru, não tem jeito".

O bom ouvido para a fala popular foi crucial para a tradução literária, talento tardio que desenvolveu ao se aposentar como assistente social da Prefeitura de São Paulo. Verteu três livros do italiano Elio Vittorini para o português.

Na Cosac Naify editava literatura e crítica de cinema. Exerceu forte ascendência sobre os jovens da editora, com quem almoçava no Via Castelli, em Santa Cecília.

Por 30 anos, comeu diariamente no restaurante, onde chegou a preparar sua receita de "braciola".

Antes de se internar, anunciou ter deixado "a casa limpa,/A mesa posta,/Com cada coisa em seu lugar", como no poema de Manuel Bandeira sobre a chegada da "indesejada das gentes", a morte.

No hospital, amigos (Márcio Suzuki, Rodrigo Lacerda, Mário Carvalho, Raul Loureiro) se revezaram para que não dormisse só. Em suas últimas horas de vida, organizou-se uma "saideira" no quarto.

Lena despertou, tomou o último uísque e adormeceu. Morreu na quinta-feira, aos 74 anos, de câncer no pulmão.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página