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Aldo Janotti (1926-2013)

Professor requisitado até nas férias

GIULIA LANZUOLO COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Quando não estava mergulhado em biografias históricas ou romances franceses, Aldo Janotti cuidava de seu jardim com esmero e entregava as flores que colhia a sua mulher, Maria de Lourdes Mônaco Janotti, a Dilu, 75.

Essas eram as atividades com que Aldo, homem caseiro, ocupava o tempo livre. A paixão de sua vida, no entanto, não era a botânica nem as letras. Gostava mesmo de história e de compartilhar seu conhecimento sobre o assunto, sobretudo com os netos, aos quais era muito ligado.

Filho de um contador italiano e de uma dona de casa brasileira, nasceu em São José dos Campos (SP) e veio para a capital aos 17. Estudava à noite e trabalhava de manhã como revisor do "Diário Oficial", até passar em história na USP.

Após se formar, deu aula nos colégios Bandeirantes, Rio Branco e na própria USP.

Segundo a família, era muito querido pelos alunos. Certa vez, uma turma do Rio Branco pediu suas aulas mesmo durante as férias.

Mais tarde, deixou o ensino privado para se dedicar às cadeiras de história medieval e antiga na universidade.

Tornou-se doutor, livre docente e professor adjunto. Publicou livros, como "Origens da Universidade" e escreveu prefácios e artigos. Mesmo com tantos títulos, a família lembra que era modesto. "Sempre achava que tinha mais para conhecer", conta Dilu, também historiadora, com quem foi casado por 55 anos.

Os dois gostavam de viajar, especialmente à Europa, para onde foram quatro vezes.

Aldo morreu na segunda-feira (13), aos 86 anos, após sofrer um ataque cardíaco. Deixa três filhas e cinco netos.


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