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Polícia fala em controle de bebidas na Virada

Após arrastões, comandante da PM cogita revistar os frequentadores

Coronel nega que tenha havido omissão de PMs; evento no centro de São Paulo teve 12 arrastões e 77 pessoas presas

DE SÃO PAULO DO “AGORA”

No dia seguinte à edição mais violenta da Virada Cultural, a Polícia Militar informou que pretende rever com a prefeitura o plano de segurança do evento em 2014.

Segundo o comandante-geral da PM, coronel Benedito Roberto Meira, a ideia é controlar o acesso aos locais de shows, com o auxílio de barreiras fixas, e a venda de bebidas alcoólicas.

Durante o evento, um jovem de 19 anos foi baleado e morto ao reagir a um assalto. Um adolescente de 17 anos, também alvejado, está internado em estado grave.

Segundo informações da PM e da prefeitura, foram registrados 12 arrastões e 77 pessoas foram presas. Houve 1.883 atendimentos médicos -a maioria pelo consumo excessivo de álcool.

"No Réveillon da Paulista e no sambódromo temos esse controle. Lá não entra arma de fogo, facas e garrafas", disse o coronel Meira.

A declaração acontece em meio a acusações de frequentadores da Virada de que PMs agiram com lentidão e fizeram vista grossa a assaltos.

Na madrugada, a Folha presenciou policiais parados diante de um arrastão, guardando posição numa esquina no Largo do Arouche.

Na tarde de domingo, falando em tese, o comando da PM alegou que perseguir ladrões em meio a uma multidão pode ser mais perigoso do que o roubo em si.

Ontem, o coronel Meira negou que a polícia tenha sido omissa. "Fizemos 33 prisões de pessoas. Se tivéssemos sido inoperantes, não teria acontecido nenhuma prisão."

Levantamento da reportagem nos distritos policiais, no entanto, mostra que foram presas 77 pessoas.

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) defendeu o trabalho da polícia, destacou o aumento do efetivo (270 homens a mais do que em 2012), mas disse que Estado e prefeitura devem debater mudanças nos locais de shows.

Entre os problemas, Alckmin apontou a falta de iluminação -área da prefeitura.

Apesar de reconhecer problemas, o prefeito Fernando Haddad (PT) disse que a Virada foi um sucesso. "As pessoas gostaram. Agora, tivemos incidentes que estão sendo analisados pela PM."

O balconista Elias Martins Morais Neto, 19, foi enterrado ontem em Embu das Artes (Grande SP). Sua ex-mulher, Renata Bezerra, contou à TV Globo que, após saber do crime, ligou para o celular dele.

Segundo ela, um adolescente atendeu e respondeu em tom de deboche.

"Ele falou que tinha matado mesmo, que era mais um para a lista dele e que era para eu me virar para criar o nenê", relatou. O filho deles tem um ano e cinco meses.


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